ANA Rita Joana Iracema
e CAROLINA Ana Carolina DADIVOSAS Falar de mulher é difícil. Principalmente sendo mulher. Tenho, sei disso, a tendência de puxar a brasa para o meu peixe. Vou tentar falar sem defesa ou proteção. O CD da Ana Carolina fala de mulher. Somos cantadas de todo jeito. Várias mulheres. Mulher fragmento, mistura, caos, unidade, perguntas pertinentes ou não, confusão, intensidade e calmaria. Pois assim é ANA Rita Joana Iracema e CAROLINA.
Somos tantas, múltiplas, extremadas, contidas, confusas e melodiosas. Ana Carolina canta todas nós. E como somos bem cantadas, exatas na complexidade e na simplicidade. Somos para nós mesmas rotas incertas. O que é ser mulher?! Às vezes não faço a menor idéia. Me perco, tenho preguiça de pensar. Decidi, portanto apenas ser. Não importa se me entendem ou não. Melhor me entender eu mesma.
Passamos parte do mês inchando para depois desinchar. Tem TPM e tem Prímoris para compensar tanto distúrbio ou chá de Artemísia para quem preferir. Carne, alma, desejos, procuras, e, vamos nós, tentando nos encontrar. Mudamos tanto e nos perdemos um pouco. Mas está aí nossa graça, fascínio e mistério. Pois quero ser independente, bonita, livre e ter direito a chorar de vez em quando, sim. E por que não? Quem disse que não podemos? Não tenho vergonha de me mostrar à flor da pele, perdida, quero colo sim. Dou colo, mas também quero. E quero homens que não precisem nos compreender – tarefa impossível – quero apenas que não tenham medo de tentar estar junto. Quando ouço o CD não penso, sinto e sei. A cada música um entendimento, uma mulher nova, outra ou a mesma. E não me canso de ouvir.
E lá vai Joana, Beatriz, Maria, Mônica, magras, loiras, ruivas, baixas, fortes, guerreiras, mulheres, enfim. Vão, que a gente vai atrás. - Renata Mafra - |
||
clique abaixo para saber como adquirir este CD envie seu comentário sobre este artigo mais CDs início da página | homepage Polemikos 17junho2001 |