Hospital dos Servidores adia uso da roleta
O Hospital dos Servidores e Provedores do Rio de Janeiro desistiu de instalar roletas em suas dependências. Dessa forma, ficou adiado o ambicioso programa para introduzir o jogo no Estado de maneira asséptica e indolor. Conforme a Coordenação de Programas Especiais, a adoção de tratamentos aleatórios em doentes terminais, quando implantada, vai permitir redução gritante no tempo de internação de pacientes com moléstias graves. Dra. Silvia Crucis declarou que o uso da roleta no controle do acesso de pessoal às dependências do hospital, além de assegurar o assédio interno, será usado como tratamento de largo espectro para outros tipos de dependências químicas ou não. O sistema de roletas, desenvolvido pela gerência de informática, permite o acesso de qualquer paciente a intervenções simples como roleta russa ou body jump. Por outro lado, o jogo do bicho, já disseminado em toda a instituição, deverá ser cerceado, sendo impedida a entrada de animais no ambiente hospitalar. A área mais indicada para adoção de práticas probabilísticas é o CTI – declarou o diretor do hospital – pela sua proximidade com o infinito e o desconhecido. Entretanto, a identificação de um novo tipo de vírus pelo laboratório de patologia clínica, foi a causa apontada para a postergação do uso cartões eletrônicos pelos funcionários. O diretor declarou que considera imoral que um doente acometido de enfarte ou verminose crônica, venha a morrer no portão do hospital tão somente por haver esquecido seu crachá e ser impedido de adentrar a enfermaria. Dr. Aloísio Saievolta, diretor e sócio majoritário da instituição, procurado pela nossa reportagem, só foi encontrado em sua clínica particular. Questionado quanto a sua resistência em utilizar um sistema que favoreceria a permanência dos médicos e funcionários no hospital, demonstrou sua indignação chamando a segurança do estabelecimento, que conduziu nosso repórter ao pronto socorro onde sua rebeldia foi removida cirurgicamente. O último boletim médico indica que o paciente passa bem, o quadro é estável, e ele voltará a sentar em 40 dias. -Ernesto Friedman- |
mais ciência Início da página | Página principal 06março1999 |