Harry Potter e a Pedra Filosofal Harry Potter and the Sorcerer's Stone

o livro que venceu o filme

A vitória foi esmagadora! Os livrinhos da coleção criada por J. K. Rowling conquistaram o mundo como passe de mágica. Harry Potter vende que nem banana na feira (e eu acho que banana vende muito na feira!). A autora é hoje franca candidata a ser a mulher mais rica da Inglaterra (só Madonna ainda ganha da escritora). Uma história de sucesso editorial que impressiona. Só não podemos dizer que seja um milagre, por que conhecemos o mago Paulo Coelho. Verdade seja dita, conseguir vender a baboseira produzida pelo alquimista verde-e-amarelo, isso sim é magia negra de prmeira. Mas, deixa pra lá, o fato é que a história de Harry Potter tinha que virar filme. A tecnologia cinematográfica estava pronta para representar qualquer fantasia que dona Rowling inventasse. E assim foi feito. Dizem que Spielberg ia fazer o filme, mas desistiu quando a autora exigiu interferir diretamente no produto. Acho que ela estava certa. Sua criação não precisava de nenhum ingrediente a mais na poção mágica. Até os bruxos sabem que em time que está ganhando não se mexe. Por que recorrer a outro ego hipertrofiado, fosse ele Spielberg, Ridley Scott ou (uma ousadia) um Tim Burton da vida? Chamou-se o morno Chris Columbus (de "Esqueceram de mim"), cujo nome já era associado às crianças, para tocar o trabalho. Foi a decisão certa. Você assiste Harry Potter com a sensação de que já viu o filme. Mas, a verdade é que você já leu o livro e o filme faz um esforço (muito bem sucedido) de não inventar nada. O filme simplesmente procura ser o mais fiel possível ao livro. O livro é quem manda!

Os 120 milhões de dólares gastos no filme (recuperados em duas semanas de exibição!) garantem a qualidade dos efeitos visuais de Harry Potter e a Pedra Filosofal. O que a gente imaginou enquanto lia, acontece com naturalidade na tela. Os atores (todos ingleses conforme exigência da autora) funcionam bem. O gigantesco Hagrid (Robbie Coltrane) está perfeito. Richard Harris empresta solenidade de Merlin ao mestre Albus Dumbledore. Os atores crianças estão bem. A pequena bruxinha Hermione Granger se destaca no roteiro e é uma personagem simpática, interpretada com jeito canastrão, se é que se pode falar isso de uma criança brincando de atuar. O arquiinimigo de Harry, Lord Voldemort, pelo jeito, vai substituir Lord Dart Vader na personificação do mal.

E ficamos assim. Os meninos e meninas que se iniciaram na leitura com Harry Potter ficam felizes em vê-lo, "ao vivo" no cinema. Os adultos assistem benevolentes ao espetáculo se sentindo fazendo parte de um show de mágica com direito à multiplicação dos dólares (ou libras, no caso). A cifra citada para o fenômeno Potter atinge um movimento de 2 bilhões de dólares, incluindo todo o merchandising envolvido. No mais, não há o que falar. Harry Potter é livro. O filme é apenas um dos subprodutos.

cotação:      

- Eugenia Corazon - 


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01dezembro2001
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