Filme: Notas Sobre Um Escândalo, Richard Eyre
cinema
Notas Sobre Um Escândalo
Notes on a Scandal
um escândalo à inglesa
bom roteiro, beleza de Cate Blanchet e show de Judi Dench. quer mais?
- eugenia corazon -
Temos Cate Blanchet. Ela é uma das criaturas mais lindas que o cinema já inventou, ou descobriu. Trata-se de uma australiana de olhos azuis claríssimos, frequentemente loura, com queixo amplo abrigando exemplo primoroso do que uma boca grande pode fazer pela beleza feminina. Em “Notas Sobre Um Escândalo” sua beleza madura (ela já tem 38 anos) é adequada ao papel da bela professora Sheba Hart, que tem um caso com um aluno adolescente. Sorte do ator Andrew Simpson, que interpreta o estudante e inicia a carreira beijando Cate.
O que poderia ser um filme medíocre, tirando partido do apelo sensual de colocar uma musa do cinema tendo um caso com um menino de 15 anos, se torna excelente na direção de Richard Eyre e pelo roteiro justo. O personagem da Barbara Covett e a magnífica interpretação de Dame Judi Dench tornam o filme algo especial da safra de 2006. Barbara é uma velha professora, já perto da aposentadoria, amargurada, cínica, sozinha, com história de caso mal resolvido com outra mulher. Barbara fica hipnotizada pela beleza da nova professora e coloca todas as fichas no processo de obter o máximo possível de intimidade com o personagem de Cate. O roteiro, baseado em livro de Zoe Heller, esquenta quando faz de Barbara a única testemunha e confidente do envolvimento da professora com seu aluno. A partir daí Barbara passa a manipular o poder dessa informação para conquistar seu objetivo, a bela Sheba. A interpretação detalhada, sensível, de Judi Dench quase apaga a boa participação da bela Cate Blanchet. Seu olhar, reforçando o excelente texto da narrativa do diário que Barbara escreve, é ponto de destaque do filme. Os desdobramentos da história, lembrando nosso romance clássico O Primo Basílio, mostram a tensão do escândalo que se anuncia. A qualidade da segura descrição do perfil do personagem da professora, que viabiliza a aventura proibida de Sheba, foi um dos fatores para a indicação de Patrick Marber para o Oscar de melhor roteiro adaptado. É bem construída sua fuga da vida politicamente correta, com um marido mais velho e sua dedicada atenção ao filho com Síndrome de Down. Já a fixação da mulher mais velha na bela professora, beirando o patológico, completa roteiro magistral.
A história exercita o estilo racional inglês de tratar os assuntos dessa ordem - apesar da presença dos tablóides sensacionalistas - evitando soluções fáceis baseadas em crime e violência. Se o filme fosse americano, certamente teríamos um desfecho sangrento para o affair da professora. O filme teve 4 indicações para o Oscar. Além do roteiro adaptado, teve Judi Dench, para melhor atriz, e Cate Blanchet, para melhor coadjuvante feminina. A competente música de Phillip Glass também foi indicada. É espetáculo para não se perder.
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09.12.2007 Esse filme é esplêndido primeiramente pelo roteiro que é muito bem produzido. Judi Dench arrasa como sempre e sua interpretação é inquestionável. Esse filme é aqueles que você começa a ver e não quer parar, quando você percebe o filme acabou e ele finaliza com um final muito aceitável e inteligente. Tem uma certa dose de erotismo que faz do filme ainda mais interessante e demonstra o universo feminino na sua profunda essência. Recomendo.
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