É preciso sonhar um
mundo diferente...
Em face do ataque bárbaro e estarrecedor que presenciamos em Nova York e Washington, acredito que a humanidade precisa repensar seus valores e sua atitude para com o próximo. A extrema crueldade que vitimou os americanos não é um fato isolado – é um exemplo de violência e horror que nos chocou mais intensamente porque atinge aqueles que o mundo, ou grande parte dele, achava que eram invulneráveis e à salvo da afronta e da perversidade. Sabemos porém que nosso mundo está convivendo com a barbárie há décadas. Talvez muitos países estejam se fazendo uma pergunta sem resposta: "Se o grande Império do Norte foi atacado, o que será de nós?" Atrevo-me a fazer mais alguns questionamentos: Por que permitimos, como seres humanos, que o mal se alastrasse pelo mundo afora, com tão devastador poder? Por que fechamos nossos olhos para a destruição do continente africano? Para a imagem absurda e inesquecível das crianças mutiladas de Serra Leoa? Por que os países ricos não querem perceber que a miséria, a ignorância e o desalento são viveiros para a revolta insana e assassina ? Diante do sacrifício de inocentes, sejam eles americanos, africanos ou asiáticos, os governantes do planeta deveriam sonhar com um mundo diferente – onde o respeito à vida humana e à paz sejam valores de fato universais, não importando a cor que se tenha ou a religião que se siga. Para este sonho se tornar realidade, que se mudem as políticas econômicas, que se perdoem as dívidas dos países do Terceiro Mundo, que se protejam e eduquem as crianças – nosso maior bem –, que se divida a riqueza, eliminando a miséria da face da Terra e que se promovam a apropriação do conhecimento e o desenvolvimento. Também que se pare de invocar Deus para a prática do mal, mas muito pelo contrário, que se implore a Sua misericórdia e, iluminados pela Sua sabedoria, possamos construir um Mundo Novo, diferente deste que está aí – um mundo de paz e progresso. GOD BLESS THE WORLD . - Dinára
Fernandes - envie agora seu comentário sobre este artigo veja outros artigos da seção extra 25setembro2001 |