Bar do Alemão
R. Paula Souza 575, Centro. Itu. São Paulo. (11) 4022.4284 ver mapa

nosso guloso colunista vai ao interior de São Paulo atrás de um filé a parmegiana

- gustavo gluto -

A noite corria lentamente. O churrasco, feito pelo camarada Júlio, estava supimpa. Conversávamos sobre comidas clássicas. Aqueles pratos simples, que conhecemos desde sempre. Alguém citou o filé a parmegiana (Filet a Parmeggiana). Tenho trauma desse prato. A cobertura de queijo sobre a carne esconde a qualidade do filé. Encontrar um nervo na carne põe fim a qualquer expectativa sobre o sabor do prato. Minha amiga paulista, a Mônica, tomou a palavra. – Vocês têm dúvida sobre as qualidades de um filé a parmegiana porque não conhecem o Bar do Alemão. Olhares perplexos. Os cariocas não conheciam mesmo. Ela explicou. O Bar do Alemão é a tradicional casa da família alemã Steiner. Fica em - surpreendam-se! - Itu, interior de São Paulo. – Se vocês forem lá, nunca mais vão ter dúvidas sobre as qualidades do filé a parmegiana. Desafiou Mônica. E o destino ajudou. Acontece que eu tinha viagem marcada ali por perto de Itu. Chegara a oportunidade de testar a dica da amiga.

Chegamos em Itu vindo de carro de São Paulo. A cidade com mania de grandeza tem população gentil. E todos sabem onde é o Bar do Alemão. Pedíamos informações e elas chegavam sob a forma de número de ruas ou praças que devíamos passar antes de chegar a casa da família Steiner. Depois de uma praça, onde foi erigido o maior orelhão do Brasil, atingimos nosso objetivo. Estávamos em frente ao Bar do Alemão. Entramos. O lugar tem vários ambientes. A casa fez sucesso e o dono foi ampliando, com novos salões. O chope é tratado a sério. Dois enormes cubos de gelo envolvem a serpentina. Mesas com banquetas altas devem ser boa opção para tomar chope acompanhado dos frios da casa. Mas a fome era grande. Fomos direto para a mesa. O salão parecia um hangar, com teto alto e muitas mesas. Imaginei como deve ser a agitação do restaurante nas tardes de domingo. Deve vir gente de toda a redondeza para comer no Alemão. Nosso pedido de chope pequeno constrangeu o garçom: Estávamos em Itu! Não sabiam o que era “chope pequeno”. Didático, o garçom sugeriu que se quiséssemos um chope grande ele poderia providenciar. Informou que o copo seria grande. Exige que se beba em pé. Fechamos a negociação em uma tulipa clássica.

Éramos cinco pessoas. Passando os olhos pelo menu, soubemos que o preço do bendito filé era R$77,00. Seria salgado, se a “generosidade” do prato não o tornasse suficiente para servir mais de quatro pessoas. Como antepasto, pedimos uma salada do Alemão, com maionese de batatas e frios diversos. Foi grata surpresa. Os frios eram de qualidade. A salada estava ótima e até o pão escuro merece comentário favorável. Forramos a fome exagerada e partimos para enfrentar o filé a parmegiana. Mônica tinha razão. A carne fina, com o molho de tomate (segredo dos Steiners) embebendo o queijo, era macia e saborosa. Nossos pedidos foram exagerados. Nosso olho grande pediu comida demais e todos saíram empanturrados. Mas foi referendada a recomendação da amiga paulista. Quando estiverem andando pelo sul de São Paulo, dêem uma passadinha no Bar do Alemão. É coisa fina. Aprovamos.



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opinião dos leitores sobre o artigo acima ( ver artigo )

12.11.07
Muito bom. Não consigo ficar sem aparecer lá pelo menos 2 vezes por mês. A viagem é longa, senão iria mais. É maravilhoso. Precisa abrir um em Santo André, assim ficaria mais perto de mim. Rss


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20maio2007
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