Gostei da jornada pornográfica da Reinaldo Morais. Começando pelos méritos menores, é um exemplar de boa pornografia. Mas Reinaldo escreve bem. Sua linguagem chula é de alto nível. O texto rola fácil. A grosseria da vida do Zeca da história tem embrulho de luxo. Sua odisséia de drogas e sexo não pede compreensão ou explica qualquer coisa. O humor aparece nas enrascadas e comentários despudorados de um cara com visão radical da utilidade das mulheres. Depois falo mais. Pode comprar e ler que vale a pena.
Escrevemos em 12.12.10: Ainda não lemos. O site Submarino traz em sua resenha: “Pela sua atualidade e também pela maneira como o autor domina o texto – de ritmo nervoso, ecoando o que se diz nas ruas, e não nos departamentos de literatura -, Pornopopéia é uma experiência única. E seus efeitos não são passageiros.” Arnaldo Bloch, em sua coluna de 11.11.10, de O Globo, diz que o livro de Reinaldo lhe trouxe uma “experiência de leitura que, em termos de impacto e imersão, só teve paralelo quando ele leu Grande Sertão Veredas”. Quer mais? Vou dar um jeito de ler. Deixo pra vocês um trailer da epopéia de Reinaldo:
Vai, senta o rabo sujo nessa porra de cadeira giratória emperrada e trabalha, trabalha, fiadaputa. Taí o computinha zumbindo na sua frente. Continue lendo “Pornopopéia [Reinaldo Morais, Objetiva, 2009]”

