Pornopopéia [Reinaldo Morais, Objetiva, 2009]

Gostei da jornada pornográfica da Reinaldo Morais. Começando pelos méritos menores, é um exemplar de boa pornografia. Mas Reinaldo escreve bem. Sua linguagem chula é de alto nível. O texto rola fácil. A grosseria da vida do Zeca da história tem embrulho de luxo. Sua odisséia de drogas e sexo não pede compreensão ou explica qualquer coisa. O humor aparece nas enrascadas e comentários despudorados de um cara com visão radical da utilidade das mulheres. Depois falo mais. Pode comprar e ler que vale a pena.

Escrevemos em 12.12.10: Ainda não lemos. O site Submarino traz em sua resenha: “Pela sua atualidade e também pela maneira como o autor domina o texto – de ritmo nervoso, ecoando o que se diz nas ruas, e não nos departamentos de literatura -, Pornopopéia é uma experiência única. E seus efeitos não são passageiros.” Arnaldo Bloch, em sua coluna de 11.11.10, de O Globo, diz que o livro de Reinaldo lhe trouxe uma “experiência de leitura que, em termos de impacto e imersão, só teve paralelo quando ele leu Grande Sertão Veredas”. Quer mais? Vou dar um jeito de ler. Deixo pra vocês um trailer da epopéia de Reinaldo:

Vai, senta o rabo sujo nessa porra de cadeira giratória emperrada e trabalha, trabalha, fiadaputa. Taí o computinha zumbindo na sua frente. Continue lendo “Pornopopéia [Reinaldo Morais, Objetiva, 2009]”

Cicero Papelaria na Craft+Design

A empresa carioca de design gráfico Cicero Papelaria, famosa pelas belas cadernetas que produz, participa do evento Craft+Design, em São Paulo, na semana de 09-15 de agosto. A CP traz para o público a linha completa de produtos e lançamentos 2010/11. O fabricante do moleskine brasileiro é nosso patrocinador (eles dão força para Polemikos!) e dá show de bom gosto com seus produtos, com lugar garantido entre os objetos de fetiche dos consumidores.

A Origem [Inception] 2010

Solidarizo-me com Artur Xexéo. Também não gostei do filme. Chegou a enfadar. É sem dúvida um blockbuster pra tentar ser o “filme” do ano. Para mim, Di Caprio se deu mal na tentativa, seu sonho ficou meio nebuloso. Mas o povão gostou. No IMDB, a votação da rapaziada deu nota 9,1! O filme segue a ambição de Matrix (esse, acertou no milhar) de mexer com conceitos de vidas paralelas, muito em voga nestes tempos de realidade virtual. Continue lendo “A Origem [Inception] 2010”

Carta para Julieta [Letters to Juliet]

Filme divertido para ver sem compromisso. O personagem principal é a paisagem da Itália com suas belas cidades, como Verona e Siena. É um filme com autocrítica. Lá pras tantas, o personagem de um editor de jornal comenta para a escritora que ela deve comprar ações da Alitalia depois que for publicado seu artigo sobre um grande amor tendo a Itália como cenário. O filme funciona da mesma forma. Depois de vê-lo, dá uma vontade danada de viajar para a Itália. É o equivalente italiano para o filme Um Ano na Provence, que no Brasil veio com o título Um Ano Bom. Continue lendo “Carta para Julieta [Letters to Juliet]”

Coca-Cola Light não deu certo?

Tá estranho. De repente, a Coca Light ficou barata. Tá sempre em oferta. No site Peixe, de ofertas, deu pra comprar 24 latinhas de Coca Light por R$ 5,00. Tá barato. Outro dia, num prédio comercial do Rio, estavam distribuindo pacotes de seis latinhas como brinde. O prazo de validade do refrigerante era de apenas vinte dias. Mas era de graça. Não se discute. No Zona Sul, a lata de Coca Light também apareceu em promoção. Continue lendo “Coca-Cola Light não deu certo?”

Homens que não amavam as mulheres [Stieg Larsson, Companhia das Letras, 2005]

pode comprar. o livro é muito bom! eu garanto.

Em tempo: O filme do livro estréia no Rio em 14 de maio de 2010. Foi feito na Suécia. Mas um caso para conferirmos se acorre a sina das adaptações para o cinema serem piores que os bons livros. A conferir.

Li o livro nos primeiros dias de 2010. Ficou como candidato a melhor livro do ano. Na realidade, “Homens que não amavam as mulheres” é de 2005. Foi o primeiro volume de uma trilogia. Um detalhe é que o autor morreu aos 50 anos, em 2004, vítima de um ataque cardíaco, logo depois de terminar a obra. Como Larsson era engajado em campanhas – por exemplo, contra a “exploração de mulheres” – que pode ter gerado alguns inimigos pouco tolerantes, a teoria do assassinato do autor tem adeptos. Continue lendo “Homens que não amavam as mulheres [Stieg Larsson, Companhia das Letras, 2005]”