Palms e similares… quase uma solução em busca de um problema - carlos ordina - Um Palm é gadget de sucesso entre o pessoal amante de novidades. São lindos. Têm lá seus atrativos. É uma pequena prancheta, que cabe na mão, onde se escreve com um estilete e as letras vão aparecendo como por mágica. Mas, imaginemos que você não é daqueles que sacrificam a própria qualidade de vida para embarcar numa nova onda tecnológica? Se você ainda pertence àquele grupo dos ranzinzas que perturbam os marketeiros da empresas fazendo a pergunta que os leva ao pânico: "Pra que é mesmo que serve isso aí, hem?". Então, façamo-la: Pra que serve um Palm? Bem, pra início de conversa, a pergunta está errada. É como se eu perguntasse: A Antarctica é a melhor brahma? Gillette é uma boa marca de gilete? É essa mania que temos de confundir produto e marca. Pois é, o Palm é uma marca de um produto que atende pelo nome genérico de PDA (Personal Digital Assistant ou seja Assistente Pessoal Digital). Na verdade há um emaranhado de fabricantes e modelos. A gente não vai entrar nessa discussão aqui. Mas, sem dúvida, os fabricantes do Palm foram os maiores responsáveis pela disseminação desse tipo de produto. É justo falar do Palm como referência para os PDAs. Mas, então, pra quê serve esta gracinha da mini informática? Eles têm três utilidades básicas: agenda de telefones (que é a lista de telefones, endereços e outras informações sobre seus contatos e amigos), agenda de compromissos (é a agenda de atividades que são registradas no calendário) e a lista "a fazer" ou "to do" (as pendências que lhe perturbam a vida e que você registra pra não esquecer de fazer). Parece muita coisa? Mas, não é não! Espere um pouco antes de embarcar na viagem tecno do PDA. Pensemos. Uma bonita agenda de mão combinada com o todo-mundo-tem-um telefone celular não é suficiente? Ainda mais que o celular tem a vantagem de associar o nome do contato ao número de telefone, que pode ser discado diretamente pelo aparelho. Os PDAs até agora, ainda são geralmente descolados dos telefones. Pois é, os PDAs são bonitos, pequenos (até demais, em certos casos), mais servem para substituir aquilo que uma organizada agenda de papel e um celular resolvem com funcionalidade e elegância. O degrau seguinte ao Palm são os handhelds. Eu testei o iPAC Pocket PC, com sistema operacional Windows CE. Ë mais uma investida do Big Brother Gates em parceria com a Intel e a Compaq. O produto ainda é pequeno - e tem de ser, afinal é pocket - mas exige bolsos maiores que aqueles onde cabe o pequeno e fino Palm. Seu visor colorido e a possibilidade de trabalhar com versões simplificadas do Word e Excel, são as principais características que o diferenciam dos Palms aos olhos dos usuários profissionais. Pra quem usa o Office extensivamente, o Pocket PC pode ajudar com sua portabilidade. No Word ou Excel do iPAC dá para escrever anotações com seu bom software de reconhecimento de escrita (o Pocket PC é melhor que o Palm neste quesito) que podem ser ampliadas e desenvolvidas depois que os arquivos forem "sincronizados" para seu micro. É a velha técnica da Microsoft de usar seu domínio em certas áreas do mercado - no caso, Word e Excel - para conquistar outros mercados. A integração do Pocket PC com o Outlook é muito boa. Até com o Notes da IBM o iPAC se sincroniza. Aparecem alguns problemas operacionais entre os dois softwares, mas dá para se tolerar. Bem, eu gosto da informática e consigo relevar. Um pobre mortal, depois de alguns travamentos e perdas de informações, deve ter vontade de jogar o belo aparelho na parede. Por falar em parede, o iPAC oferece a possibilidade de você escolher entre milhares de wallpapers para decorar a tela de entrada do micrinho. Uma frescura simpática. Apesar do tamanho, o iPAC é uma máquina poderosa. Testei o modelo com 400Mhz e 64 MB de Ram. Cabe muita coisa nessa memória. Inclusive, cabem músicas em MP3 e imagens que podem ser baixadas da Internet. Se a memória for pouca, há lugar para um cartão de ampliação. O software Windows do iPAC tem a cara do costumeiro Windows dos PCs e é um fator positivo para facilitar a identificação do usuário com o produto. O jogo de paciência ainda impressiona ao vermos as cartas sendo arrastadas na tela. envie agora seu comentário sobre este artigo mais info início da página | homepage Polemikos 09setembro2002 |