dionísio pessanha
Vinte quatro horas na vida de uma mulher e outras novelas
Stefan Zweig
1927, Editora Record
No final de 1999, em Paris, conversando com uma amiga sobre sugestões para leitura, ela recomendou um livro que disse ser sucesso entre as jovens senhoras francesas. O livro é Vinte quatro horas na vida de uma mulher, de Stefan Zweig. Apesar de Zweig ser austríaco, o Brasil foi importante em sua vida. Zweig viveu aqui e escreveu o premonitório livro Brasil, País do Futuro, antes de morrer em 1942.
Vinte quatro horas na vida de uma mulher conta em monólogo a história de uma mulher que aos quarenta anos se entrega complemente a uma vulcânica paixão. Mrs. C descreve (transpira em seu relato quase trinta anos depois) os impulsos da paixão. Uma paixão invencível. São marcantes os momentos de total inconsciência, de deixar desabrochar para a vida a felicidade em excesso em contraponto aos momentos de fugir ou morrer por não ter "vivido" a paixão. Zweig decompõe as emoções da mais pura e total entrega, daquelas só vividas uma vez (se tanto) na vida e, entre milhões de pessoas, por apenas umas poucas abençoadas.
Tendo compartilhado da amizade de pessoas como Rilke, Joyce, Freud e Mann, Zweig foi obrigado a sair da Alemanha em 1934 para escapar do nazismo. Após viver na Inglaterra, veio para o Brasil em 1941. Desencantado com a situação política mundial do meio da Segunda Guerra Mundial, se matou com a mulher, em Petrópolis, numa segunda-feira do carnaval de 1942.
Os que gostarem de Vinte quatro horas na vida de uma mulher certamente apreciarão Amok, outro livro de grande sucesso do mesmo autor.
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