Preços dos imóveis caem 10% ao ano

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fonte: O Globo

O jornal O Globo de hoje (24.01.2016) publica sua estatística semanal da evolução do preço dos imóveis no Rio de Janeiro. Os gráficos, representando os valores médios dos preços nos últimos seis meses, mostram estabilidade. Exemplo: os preços dos três quartos em Ipanema seguem firme na casa dos R$2,8 milhões. Aparentemente, o mercado está andando de lado. Mas, precisamos lembrar que temos a inflação da Dilma, na faixa dos 10%. Assim, os preços estabilizarem significa, na realidade, que estão despencando 10% ao ano.

Era esperado que os preços entrassem em movimento descendente. Com a economia debilitada, empregos desaparecendo, juros maiores para financiamento, tudo contribui para que os preços, depois de uma década de ascensão, começassem a regredir. As regiões apontadas no gráfico acima são de bairros com boa procura, com moradores de alta renda, que ainda não estão sofrendo com intensidade a pancada da economia brasileira em declínio. Nas regiões com apartamentos mais modestos, com valores abaixo de R$500 mil, a queda de preços é nominal, com aumento da inadimplência nos pagamentos dos financiamentos de unidades novas. Com a previsão do Brasil encolher mais 3% em 2016, os preços devem largar a sombra da inflação e cair em valores correntes. Um caso de estudo é acompanhar os preços de regiões mais nobres como Ipanema e Leblon. Com a corrupção sendo perseguida pelas operações da PF, obter dinheiro fácil através de propina pode ficar mais difícil. Com a falta de diretores da Petrobras para adquirir imóveis a qualquer preço, os imóveis de alto valor podem ter seus valores reduzidos.

Interessante é assistirmos a inflação atuando em mais uma de suas características, que é a correção mascarada dos preços. Os vendedores não conseguem vender seus imóveis, mas mantêm o preço pedido. A inflação cuida de reduzir o valor real do imóvel até atingir o preço aceito pelo mercado. Essa correção “escondida” também acontece com salários. Empregados com pouca força de negociação têm dificuldade em negociar pelo menos a reposição dos seus salários frente à inflação. Com a economia em pedaços, poucas classes terão esse poder. Mas isso é outra história.

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