tenho dificuldades com Martha Medeiros

Na Revista de O Globo desse domingo, na sessão de cartas, a fã de Martha debulhava: “”Fiquei encantada com o artigo de Martha “O que quer uma mulher?”. Aliás, amo tudo que ela escreve. É simplesmente divino o texto. Ela descreveu com facilidade como somos descomplicadas e fáceis de sermos entendidas. Freud, com certeza, concordaria com tudo. “” Vocês viram? Não fui eu que provoquei. Martha é para mim uma incógnita. Isso no sentido estrito. Eu não conheço o que ela diz. Não consigo avançar além do segundo parágrafo de suas crônicas. Continue lendo “tenho dificuldades com Martha Medeiros”

ONGs: corrupção e outras ideias menos simpáticas

Como todos sabem, sou de extrema direita. Fico puto com a incompetência brasileira para fazer algo certo. Minha comprometida bile também é castigada em assistir qualquer paspalho esperto, que tenha um padrinho no governo, faturar boa grana criando uma ONG. Tenho antipatia por ONGs, portanto, serei parcial, não esperem sutilezas. As corrupções corriqueiras identificadas em nosso país insistem em ter sempre uma ONG como parte do esquema. Também não é para dar em outra coisa. As empresas pagam impostos altíssimos e têm uma porrada de controles por parte do governo. O governo, ele mesmo, tem mecanismos para se auto controlar. E as ONGs? Com estas, temos que contar com a boa vontade de seus controladores. Continue lendo “ONGs: corrupção e outras ideias menos simpáticas”

Títulos do Tesouro Americano e Bens de Giffen

Definição da Wikipedia: “Em economia, um Bem de Giffen é um produto para o qual um aumento do preço faz aumentar a sua demanda. Este comportamento é diferente do da maioria dos produtos, que são mais procurados à medida que seu preço cai.” É um fenômeno peculiar que estudamos na micro-economia e raramente podemos ver acontecer. Acho que aconteceu recentemente. Não foi um caso de elasticidade preço de um produto. Trata-se da “elasticidade risco”! Os EUA têm seus títulos do tesouro com a mais alta cotação nos mercados mundiais. A agência de risco Padrões e Dos Pobres (Standards & Poor´s) aumentou o risco dos títulos americanos. Esta mudança causou apreensão nos mercados mundiais. As empresas (e eventualmente países) retiraram suas aplicações de risco em países em desenvolvimento e foram buscar produtos de baixo risco para colocar seus ativos. E qual o bem que podiam recorrer? Surpresa: Títulos do Tesouro Americano. Continue lendo “Títulos do Tesouro Americano e Bens de Giffen”

fui numa formatura na PUC-RJ

Faz tempo não ia num evento como esse. As festas de formatura continuam parecidas. Esta era de Engenharia de Produção. Os filhos que formam e os pais que participam solidários desse rito de passagem, exibem sensação que é mistura de conquista com fim de um sofrimento. Um aluno, ao ser chamado para receber o diploma, colocou como música de fundo o clássico: Aleluia! Aleluia! Bom poder de síntese. O paraninfo fez um discurso estranho, que não entendi. Ele citou bastante as redes sociais. Não sei onde queria chegar. A platéia parecia entretida em se livrar de ir à aula na faculdade. Chamou atenção a amostra dos formandos, era composta em sua metade por meninas. A maioria feminina, antes vista como minoria, está pau a pau com os meninos numa área de elite como a Engenharia de Produção. Fiquei impressionado como as brasileiras estão louras. Nota-se que uma questão tecnológica foi bem resolvida: a chapinha (atualizando: escova progressiva) garantiu a todas cabelos lisos e sedosos. Os sobrenomes dos formandos brasileiros exibiam muitas consoantes e poucas vogais. A festa, como dizíamos na minha geração, foi careta. Não havia indignação com nada. Nada da rebeldia da juventude. Todos estavam satisfeitos por entrar para o mercado efervescente do Brasil de hoje. Uma característica da amostra de cerca de 50 novos engenheiros: não havia um só negro!.

Cavist (ex-Expand Ipanema)

Rua Barão de Torre, 358. tel 2123-7900. Mapa.

Está com novo nome, este restaurante e casa de vinhos da Praça Nossa Senhora da Paz: Cavist. É lugar agradável para beber vinho e comer alguma coisa. A escolha da bebida é feita na loja dos fundos da casa. Bem fornida, com apoio dos especialistas da Expand, pode-se selecionar o que vai para a mesa. Recomendo acompanhar o vinho com um prato de queijos ou o simpático grama padano com mel. A polenta com queijo brie também ocupa bem o estômago para acompanhar o vinho. Tenho o hábito de fechar com um dos risotos da casa. Foi inaugurada a varanda em cima. O salão da frente está um pouco barulhento, menos pela acústica, mais pela nossa falta de educação, que leva as conversas das mesas acontecerem como grandes pelejas verbais. À saída, é uma curiosidade apreciar as exóticas meninas da Baronneti chegando para a night. Os vestidos estrangulando-as, subindo pelas cochas a cada passo que dão, exigindo um contínuo exercício de abaixá-los. Umas peças!

Cabral e o jatinho do Eike

Eu aprovo o bom gosto do governador Sergio Cabral pelas coisas boas da vida. Por que ele havia de ser modesto? Se está na beirada do poder, tem que ostentar, exibir as vantagens que adquiriu através do voto popular. A coluna de Ricardo Noblat, em O Globo de hoje, mostra sua desenvoltura em gastar o equivalente a R$600 mil em viagens no jatinho do Eike. O Cabral é usuário frequente do avião do zilionário. Se Eike tem bom coração e gosta de lhe fazer mimos sem cobrar vantagens em negócios com o governo do Rio de Janeiro, por que ele havia de recusar? Vamos gastar o dinheiro de Eike Batista. Criar uma relação de trocas de favores com Eike é bom para Cabral e bom para o Estado do Rio de Janeiro. Quanto mais carícias trocarem, mais íntimos ficarão e poderão praticar ações em favor de nós cariocas. Tá bom que 600 mil reais permitiriam construir escolas, pagar melhor professores e bombeiros, mas isso é puro proselitismo. O que importa mesmo, e Cabral parece saber e praticar isso com afinco, é dar o melhor para nossa família e amigos. O luxo é uma delícia. Por que ficar no Rio de férias quando se pode ir para Bahamas, Paris ou Londres. Estou com Cabral. Discutam a ética à vontade, mas desde que não me tirem da vida de milionário. Infelizmente ainda não conquistei a desejada vida nababesca que nossos governantes usufruem.