Shirley

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O restaurante Shirley, há 52 anos estabelecido no Leme, continua impressionando bem. O lugar parece acanhado. Um toldo amarelo na entrada registra o nome Shirley. Seu balcão, na fachada estreita, lembra um clássico botequim. Mas a semelhança não vai longe. A vitrine mostra belos peixes e camarões que são servidos lá dentro. O salão é pequeno, cabem pouco mais de 30 pessoas, o que faz ser comum encontrar o Shirley cheio e ter que esperar. Uma boa forma de passar o tempo é pedir chope ou caipivodca e degustar sardinha no balcão. Acreditem que o tempo passará rápido. A clientela inclui os turistas dos hotéis da região, que devem ficar bem impressionados com a casa brasileira.

Quanto aos pratos, tenho uma predileção no lugar, é o camarão recheado com catupiry acompanhado de arroz à grega. O prato traz cinco crustáceos de porte grande que satisfazem um casal cuja fome não esteja exasperada. Os camarões não saem barato, custam R$11 (US$5 de março de 2007) cada unidade. Valem o preço. Para os gulosos, outras unidades de camarões podem ser agregadas ao prato padrão. Já que falamos de preços, é bom lembrar que o restaurante não aceita cartões de crédito. O arroz à grega do Shirley é simplesmente o melhor que encontro no Rio. Ou seja, a combinação é perfeita. Outros pratos fazem sucesso. O pargo para duas pessoas é mais em conta que o camarão (R$39) e traz solene molho com a combinação clássica de tomates e batatas. Resumindo: O Shirley está firme no Leme. Excelente.

[Gustavo Gluto]
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