Faz tempo que não escolhemos a mulher para receber a desejada premiação. Esse ano foi fácil. Ela saiu do anonimato para as luzes da ribalta de um dia para outro. Alguém que se intitula a “namorada do Lula” é um ponto forte no concurso. Acompanhamos a escolha do jornalista Guilherme Fiúza, de O Globo.
Categoria: política
Aqui, sempre dá errado no final
Lá vai de novo meu mau humor combinado com minha baixa estima brasileira. É aquela coisa, não tenho a vocação para ver tudo bonitinho quando os sintomas de nossa esculhambação me atropelam a toda hora.
Por exemplo, vocês conhecem a famosa frase: “No final dá tudo certo. Se não deu certo até agora é porque ainda não chegou no final.” Pois é, o Brasil nos obrigou a gerar o dual desse aforismo: “No final sempre dá errado. Se não deu errado ainda é porque não demos tempo suficiente para as coisas acontecerem.” Eta povinho mal ajambrado!
Arnaldo Jabor deprimiu
a rapariga do presidente
Não uso o substantivo “rapariga” com frequência. Como muito acontece, foi mestre Ubaldo que resgatou a palavra em sua crônica desse domingo. O assunto tratado por ele de maneira sarcástica ou benevolente é mais ou menos se o político pode ou deve ter casos extraconjugais. Bem definida, a questão se mostra irrelevante. O que nos salta aos olhos e agride o bolso é se a namorada do dignitário usa sua proximidade (e bota proximidade nisso) para lotear cargos e liberar pareceres, resumindo, usa a condição de concubina para tirar uma grana por fora. E aí vem a grande questão: o quanto sabia o altíssimo governante e não tomou providências? Será que o entendimento era de que os malfeitos praticados pelos geneticamente bem intencionados membros do PT não podem ser criticados nem vir a público?
E aí, comeu? Como era a relação de Lula e Rose
Polemikos segue o protocolo da imprensa de não se imiscuir na vida íntima dos governantes. É uma postura correta. O público e o privado devem ser separados. Aliás, esta distinção deveria ser a principal preocupação dos mandantes. Lula, o Apunhalado, devia ser mais atento a essas coisas do governo. Sua desatenção (belo eufemismo) pode ter sido o motivo de tantos malfeitos ocorridos no seu governo. E tome punhalada pelas costas. Alguns golpes dos grandes do PT vêm à tona agora, como o Mensalão e a Operação Porto Seguro. Quantos outros casos existem dos quais não tomaremos conhecimento?
Rosemary era cupincha de Lula. Viajava de lá pra cá a toda hora com o PR, como ela o chamava. Ficavam no mesmo hotel. Os jornais mostram a foto da moça a cada edição. Ela ainda dava um caldo. Pelos favores que Rose intermediou e sua atitude diligente, a moça provaveente seria capaz de enormes sacrifícios (talvez geradores de prazer, dependendo da competência do parceiro) para obter colocações em postos no governo e vantagens em grandes negócios. Até que ponto ela iria nos trabalhos de assessoria ao PR? Claro que Lula, o cegueta, não saberia de nada. O cara manteve- se idôneo. Se houve conversa de alcova, as sacanagens discutidas não devem ter passado pelo assunto “trambiques no governo”.
É claro que esta hipótese é um delírio inapropriado. Mas, e se?
com o PT cada dia mais sujo, será que cairemos na mão do PMDB?
matéria de O Globo, 27.11.12
Com os fatos que se acumulam, mostrando que o PT abandonou a ética ou o rigor na coisa pública, é esperado uma queda do partido nos resultados das próximas eleições. O nome de Dilma para uma nova candidatura à presidência passa a ficar em risco. Se o PT estiver mal na foto, quem ganha força é o sempre presente PMDB. Será que vamos assistir este retrocesso? Imaginem o partido de Sarney na presidência, assumindo o poder que o PT lhe concede no troca troca fé favores. Valha-me deus nosso senhor!