Quem acreditava que seu e-mail não era lido por alguém além do seu querido destinatário? Deixa disso. Quando você enviava a senha do banco para a esposa, não dava um medinho na hora de apertar a tecla “enviar”? Pois é, ainda bem que a NSA não estava interessada nos seus trocados no banco. Tínhamos a certeza da solidez de princípios dos americanos. Eles controlam a tecnologia de informações no mundo e iam virar o rosto pro lado quando vissem passar nossos e-mails ou transferissem as ligações telefônicas. Me poupem. A gente sempre soube que estávamos nas mãos dos serviços secretos. Nosso governo sabe. Esta conversa de indignação é pra boi dormir.
Os helicópteros de Sergio Cabral
Proposta:
o governador pode usar helicóptero para trabalhar, mas o povo do Estado do Rio de Janeiro nao lhe concede o luxo de ir e voltar do trabalho de helicóptero. Se ele tem casa no balneário de Angra dos Reis, que pague do próprio bolso o mimo de ir e voltar voando pelos céus do litoral do estado.
Eu não sei o que a media está procurando tirar de Cabral. De repente, descobre-se os malfeitos do governador outrora querido de todos. Eu também estou querendo apertar seu saco. É estranho vê-lo candidamente declarar na TV que todo mundo faz a mesma coisa. Não é todo mundo. O Estado de São Paulo só tem dois helicópteros. O Rio tem sete. Por quê? O motivo devem ser nossas montanhas… Que nada. Cabral é um homem rico. Gosta de viver como rico. Gosta de se acompanhar dos ricos. Andar de helicóptero tem tudo a ver com seu status de milionário.
Ele foi pego com a mão na botija. O governador podia andar de lá pra cá de helicóptero. Mas a família viajar para a casa milionária em Angra às minhas custas faz parte do descaramento dos governantes de nossa república de bananas.
Que tal a gente aproveitar o embalo e não votar mais no moço rico que gosta de andar de helicóptero? É o mesmo moço amigo do Cavendish, que bota lenço na cabeça em restaurante caro de Paris. Até hoje eu não entendi o detalhe do uniforme da quadrilha. Lenço na cabeça? Fica a pergunta que não quer calar: De onde veio toda a grana do Sergio Cabral? Sem ofensa. Será que vem do escritório de advocacia de sua mulher, que defende os interesses dos donos das empresas de ônibus do Rio, que o Cabral devia controlar para que o serviço fosse melhor? Ou é dos contratos com o apresentador Luciano Hulk?
Que esse seja mais um motivo para o povo ir pra rua xingar o governador. Ir pra rua de seu apartamento de rico no Leblon cobrar melhorias na gestão da cidade. Achei aquele povo que acampou por ali meio bobo. Começo a entender onde está a raiz de nossos problemas.
Então, cobremos os R$158 mil que Henrique Alves usou ao viajar com a família em avião da FAB
A gente é inocente mesmo. Para tratar com essa gente, só indo no bolso. É a única linguagem que eles entendem. Tem que fazer eles pagarem, seja em dinheiro ou dias na cadeia. Por enquanto, que seja em cash. Se já foi calculado quanto custa um voo fretado de Natal ao Rio de Janeiro, que se cobre do incauto Henrique Alves. Ele ficará feliz em pagar pelo prazer de levar a família e amigos para passear de avião. Henrique se apressou em pagar o custo de passagem por companhia aérea. Nã, não, ele viajou em avião fretado, que pague o preço do luxo.
Insisto, não vale a pena ir para a rua pedir para tornar corrupção crime hediondo, se os hediondos renans não vão para a cadeia. Temos que seguir a regra simples de ir atrás do dinheiro e fazer com que eles devolvam o que nos levam. Sejam eles malufes, cabrals. renans… haja espécie ruim pra proliferar desse jeito.
Nossas opiniões são as melhores
Disso, temos certeza. Aliás, cada emissor de opinião tende a sofrer do mal da prepotência. Como minha opinião é a melhor, sofro muito tendo que ouvir opiniões derivadas de superstições, desconhecimento de estatística, preconceitos, medos em geral, antipatia ou, com alta frequência, a pura e simples ignorância capitaneando os motivos anteriores. Me solidarizo com Armaldo Bloch, que sintetiza em sua matéria deste sábado em O Globo, o fenômeno da liberalização do direito de cada um dar sua opinião. Sou contra! A liberdade para cada um poder dizer qualquer besteira, respaldada em nada, ou em suposições, crenças, deveria ser cerceada. Qualquer demente que vê uma janela de conversa, ou um facebook aberto, se permite opinar com cretinice radical. Isso não é manifestação, é a vandalização das idéias.
Assim, proponho derrubar a ditadura das opiniões (título do artigo de Bloch). Vamos partir para a revolução pela reintegração da razão.
Em tempo: A Igreja vai canonizar papas recentemente falecidos ou não, nem sei direito, baseando-se em fatos (?) de curas realizadas pelos pontífices, que a Igreja pretende como milagres. A possibilidade de que as curas tenham ocorrido por um dos milhares de acasos da natureza é descartada em favor da criação de um fato de marketing para a Igreja Católica. Não sou do contra. Acho apenas que trata-se do uso de uma imprecisão (talvez má fé… olha a fé aí!) direcionada para atender aos interesses da Igreja. Pô, calma pessoal, é a minha opinião!
Registro um belo parágrafo do artigo de Bloch, em O Globo de hoje:
“Ofendido por choques de realidade, o falso opinante se vê assombrado por um mal que está em toda parte. O mal, no caso, nada mais é que o medo de topar com sua própria ignorância e tornar-se um ser inválido para qualquer fim.”
Renan Calheiros e Henrique Alves, os safadinhos
Danado esse Renan. O povo na rua cobrando sua saída e ele passeando de graça em avião da FAB. Que cara de pau, meu deus! Depois de recusar confessar o golpe no nosso bolso, ele voltou atrás e entrou pra escola do Henrique Alves, presidente da Câmara, que quando é pego, não hesita, paga do próprio bolso. Quando não flagramos o meliante, ele passa batido, faz cara de papel e segue gastando dinheiro público em proveito próprio. Esses canalhas são mesmo arrogantes. Desafiam a população. São merecedores de uma passeata nacional para exigir sua saída. Será que o povo encara essa?
Propostas para pedir nas ruas: Diminuir o número de deputados.
São mais de 400 picaretas, como dizia o ex-presidente Lula, quando ele era mais sincero. Gastam nosso dinheiro num orçamento altíssimo para entregar pouco serviço. Deputado só trabalha quando é para tirar vantagem própria, certo? Esta é uma generalização fadada à imprecisão. É injusta com alguns deputados sérios, mas, estatisticamente, é verdadeira.
Solução? Se os deputados não trabalham ou, quando trabalham produzem leis ruins, podemos, pelo menos, diminuir o número deles. A proposta é reduzir o número de deputados para um para cada milhão de habitantes. O número de deputados de cada estado seria calculado pela população do estado dividida por um milhão. O resultado seria então arredondado para cima aumentando o número total dos nossos representantes na Câmara dos Deputados. Ficaria algo como 200 pilantras, perdão, digníssimos representantes do povo. A redução para menos que a metade do número de deputados hoje em liberdade, digo, atuando, traria a vantagem imediata de reduzir o custo da Câmara à metade e também cortando ao meio toda a cretinice gerada pela Casa.
Esta é outra a ação interessante por não permitir que os políticos atualmente aboletados no poder possam inventar artifícios para nos enganar. É cortar ou não cortar e ver como o povo reage nas ruas.