caso do goleiro Bruno: cadê os colhões das brasileiras?

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Cadê as mulheres para comentar o caso do goleiro Bruno? Onde estão as mulheres para mostrar indignação com o provável seqüestro e morte de Eliza Samudio? Não era hora das mulheres irem às ruas cobrar maior rigor na defesa de seus direitos? Paira no ar um silêncio complacente da população frente aos acontecimentos escabrosos que rondam a história. Eu vi em O Globo um comentário da escritora Rosiska de Oliveira citando motorista de táxi que pontificou: “Uma piranha querendo extorquir o goleiro do Flamengo…” Xexéo também registra que Eliza tem o “agravante” de ter sido tachada de “Maria Chuteira” pela imprensa, mas não avança na discussão. Deve ter havido outros comentários sobre o preconceito contra mulheres, mas eu não vi. Temos que reconhecer que boa parte da população, apesar dos detalhes horripilantes do que pode ter acontecido Eliza, ainda pensa na linha do “alguma coisa ela fez para merecer esse destino”.

O brasileiro (e brasileiras) precisa se ater ao mais simples de seus direitos. Eliza era uma cidadã. Se foi morta, o culpado ou culpados devem pagar na justiça. O resto é apenas o preconceito contra as mulheres funcionando para transformar a vítima em culpada. É isso que as mulheres deviam se mobilizar para mostrar com todas as cores. Mas não está acontecendo. Tá todo mundo quieto, saboreando o circo dos horrores em que se transformou a história em que está envolvido Bruno e sua corte de Macarrões e Bolas. Será que não era hora das mulheres irem às ruas cobrar pela apuração do que aconteceu? Eliza está desaparecida. Talvez seu corpo esteja enterrado no fundo de um sítio qualquer, depois de ter tido as mãos amputadas e ter sido queimada para dificultar a identificação. E as outras mulheres que estão por aí? E aquelas que apanham de vez em quando porque discordaram do marido ou porque ele bebeu um pouco demais e ficou de mau humor? Cadê a voz das brasileiras? Será que as brasileiras não têm colhões, porra?

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