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Como ficar rico a qualquer custo
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Alguém tinha que botar o pau na mesa. Um tinha que se arvorar de macho e tomar de providência. E num é que a iniciativa veio bem de uma criatura pertencente ao sexo frágil. A moça, trabalhando na Saúde, representante do povo vigoroso do Nordeste, veio a público reclamar do tamanho das camisinhas. Enfim. As ONGs já haviam notado o avantajado problema. O fato é que o protetor do ato sexual se mostra pequeno para a dimensão do homem do Nordeste. Esse povo, sempre sofrido, curtia mais esse aperto. O apetrecho de plástico para proteger os membros dos brasileiros é feito de um tamanho acanhado. São feitas na Coréia, pais famoso pela sua micro tecnologia (!). Daí que o produto que aqui chega, de tão justo, causa incômodo nos bem fornidos garanhões do sertão. Eles, pela boa forma e avantajamento, sofriam o estrangulamento da vara. As ONGs da região já estavam mocas de tanto choro dos justos. Os fogosos paraíbas se apertavam para cumprir o saudável hábito de usar o buçal plástico. Pelos pareceres, dá um trabalho danado se enfiar ali dentro em espaço tão restringido e dito num momento de natural sofreguidão.
Impressionou também que ninguém antes, nas terras do sul, estrebuchasse de reclamação. Seria o caso de se pensar que o pessoal do Sul tem pau pequeno. É isso mesmo. Os especialistas em manobrarem com os pênis dos brasileiros declararam que o tamanho médio varia de 9 a 15 cm. Veja você! Como eu podia pensar que as coisas eram tão escassas por outras bandas. Esse povo do Sul Maravilha está mal servido. Lá em Pernambuco, menos de 20 cm é pinto. Agora eu entendi o porquê do alvoroço gerado pela propaganda “enlarge your penis” que entope nossos e-mails. Deve ter multidão querendo enlarjar seu instrumento. Também, fazer o quê? Qué que se pode fazer com 9 cm? Brincar de bate-bate? Como pode pequenez tamanha (quer dizer: de tamanho) causar tanto padecimento?
Um futuro estranho se avizinha. Vão fornecer a camisinha “extra large” para os abastados. Os nordestinos vão sorrir com seu cabresto de bom tamanho e sem o inconveniente aperto desnecessário. Por outro lado, os invejosos do sul vão transar frouxos, com a camisinha bamboleando no petisco. Não darão o braço a torcer, mesmo que tenham que torcer outras coisas. As moças que se cuidem. O plástico dobrado esgarça. Pode até esquentar e dar fumaça. Vige! Esse povo de cá de baixo é tão bizarro que é capaz de lançar moda. Vai ter muita gente aproveitando a folga para entrar dobrado. É pesquisar para crer.