O Vencedor [The Fighter] 2010, David O. Russell

Pra mim, está na área o ganhador do Oscar de melhor ator coadjuvante. Christian Bale, que fez um parrudo Cavaleiro das Trevas em Batman Begins (2005), faz o ex-lutador de boxe Dicky Eklund, viciado em crack, exaurido, com os ossos da face mostrando como foi rigorosa a preparação física para fazer o filme. Sua interpretação é impressionante. Seu irmão mais novo, também um boxer, Micky Ward, é interpretado pelo fortinho Mark Wahlberg, de Quatro Irmãos (2005), que também entra na produção do filme. Baseado em história real, o filme é da classe tão adorada pela Academia de Hollywood: os perdedores que vencem pela superação. E também trata do boxe, talvez o esporte (boxe é esporte?) mais exibido nas telas de Hollywood. O boxe tem bom rendimento para ganhar a estatueta dourada. Touro Indomável (1980) deu Oscar de melhor ator para Robert De Niro, interpretando o boxer Jake La Motta. Clint Eastwood levou Oscar de melhor filme com o fraco (eu acho, pô!) Menina de Ouro e ainda deu o Oscar de melhor atriz para Hilary Swank. Pelo jeito, apesar do tema boxe ser repetitivo em Hollywood, a chance de O Vencedor (por que não traduziram para O Lutador?) é grande. A história funciona bem. Os personagens são bons para amarmos ou odiarmos. É o caso da namorada e da mãe do irmão do lutador. A namorada Charlene é interpretada pela bonita Amy Adams, que eu conhecia mais pela participação em comédias, como Encantada e Uma Noite no Museu II. Ela se saiu bem no papel sério. Melissa Leo é a mãe e manager dos lutadores com suas ética peculiar e amor pelos filhos. Melissa também concorre ao Oscar com boas chances ao prêmio de melhor atriz coadjuvante.

O filme bate bem. A luta final é emocionante. Meu coração acelerou. Cabe a pergunta: Será esse o Oscar do Vencedor?

Cisne Negro [Black Swan] 2010, Darren Aronofsky


Surpreendeu negativamente. A belíssima Natalie Portman apresenta interpretação marcante, típica da disputa para melhor atriz no Oscar. Portman está perfeita como a menina bulímica, completamente dedicada na busca da perfeição como bailarina. Fico curioso com o peso da moça. Ela deve estar com uns 35 kg. Mas o Google nos ensina que ela mede 1,60m e pesa 48 kg. Ah, a fotografia do filme também é muito boa, particularmente nas cenas de dança. Prestem atenção na cena inicial. A câmera faz uma coreografia incrível dançando junto com atores e dançarinos. Aquilo não é propriamente balé, mas é bonito.

Mas… mas o filme fica por aí. A história do enlouquecimento da pretendente ao posto de primeira bailarina ficou meio embrulhada. A moça fica maluca, não sabe distinguir entre a realidades e as alucinações. O problema é que o diretor passa essa insegurança para nós, pobres criaturas que estamos tentando entender o filme. Depois de alguns delírios da moça, já não sabemos em que acreditar. Daí pra frente, temos um filme de terror fraquinho com Natalie Portman correndo para buscar um Oscar. Nem o tesão enrustido da pequena Nina (a bailarina interpretada por Portman) acrescenta muito ao filme. Uma cena de sexo entre mulheres, com a participação da atriz Mila Kunis (aquela latina de olhos grandes da série de TV That ’70s Show), é animada, mas não dá para justificar o ingresso.

A Rede Social [The Social Network] 2010, David Fincher

Bom filme. A falta de escrúpulos de um nerd superqualificado o leva a ser bilionário. E não é “por acaso”, como diz o título do livro em que o filme se baseia. O filme mostra que o novo Bill Gates da informática jogou pesado para conquistar seus bilhões. Passou por cima da ética com categoria. Afinal, de que vale uma idéia? O implementador do sistema é que transforma o imaginado em algo palpável. Foi o que Zuckerberg fez. É o triunfo dos programadores sobre os sócios capitalistas. Continue lendo “A Rede Social [The Social Network] 2010, David Fincher”

Under the Dome [Stephen King, 2009]

Under the Dome: A Novel Stephen King lançou este romance de ficção científica em novembro de 2009. É um romance de peso. São 1050 páginas bem medidas. O mestre do terror e ficção científica (e outras categorias) não poupou papel. Uma boa opção é ler o livro no Kindle, que é levinho, o que torna mais confortável a leitura deitado.

A idéia do livro é instigante. O que acontece como uma cidade se um belo dia um campo de força se instala sobre ela isolando-a do resto do mundo? King explora as possibilidades de analisar como os humanos perdem rapidamente o verniz de civilização se são colocados em situações limites. Continue lendo “Under the Dome [Stephen King, 2009]”

Chegou o iPad no Brasil … e já deram um jeito de trambicar os brasileiros

Começaram as vendas por aqui. O preço é mais salgado que nos EUA. Lá, comprando em dólares, sai por cerca de R$1000. Aqui no Brasil, a versão mais barata começa sendo vendida por R$1650. Vai vender muito nesse Natal. É um brinquedo fascinante. Mas já colocaram o molho brasileiro no preço do produto. Pobre do consumidor! Continue lendo “Chegou o iPad no Brasil … e já deram um jeito de trambicar os brasileiros”

Então, falemos de futebol…

Em primeiro lugar parabenizamos o time tricolor pela brilhante jornada nesse brasileirão. Para um time que passou pela Segundona há poucos anos, é bonito ver esta exuberante performance. O Botafogo, outro sofrido time que passeia por divisões inferiores, também brilhou no campeonato. O Flamengo portou-se com humildade, navegando perto da fronteira que leva ao rebaixamento, mas não concedeu este prazer aos colegas cariocas.

Pra mim, que, apesar de ser flamenguista doente (sofro de um problema de coluna que me incomoda constantemente), não gosto de futebol, esta semana foi de virar o estômago. Continue lendo “Então, falemos de futebol…”