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Como ficar rico a qualquer custo
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O Detran do Rio é o terreno onde afunda nossa cidadania. Cada serviço que a gente tem que tratar neste órgão exige sua cota de sacrifício. Agora foi a vistoria. Tá bem que você chega na hora e espera mais de 30 minutos para ser atendido. Os tempos de atendimento são mal dimensionados e as filas acontecem. Até aí nada de novo. Como o tempo dos atendentes vale mais do que o dos contribuintes que estão na fila, ficamos ali abestalhados vendo o tempo passar. Tudo bem, vistoriar tem até algum sentido. Mas o pessoal tinha que sacanear o processo. Quando chega na hora, os idiotas – provavelmente não são idiotas, idiota é o imbecil que criou o procedimento – que atendem pedem para as pessoas retirarem (!) os pneus de dentro dos carros. Já imaginaram? Você vai trabalhar, passa para fazer a vistoria do carro e se vê sendo periciado para saberem se consegue tirar um pneu de dentro da mala sem se sujar. Imaginem motoristas do sexo feminino? Também pedem para que o triângulo seja montado. Ora, se querem ver o triângulo, que o peguem e vejam. O objetivo é verificar o estado dos veículos. Não é para vistoriar a capacidade das pessoas usarem os equipamentos. Claro que tudo acontece porque os funcionários contratados não querem fazer força. Pedir para os outros fazerem é conveniente. É uma palhaçada! Eu paguei pelo serviço. Se querem ver pneus rodando no chão, que coloquem funcionários de macacão para fazer este serviço. Ou, informem que devemos ir de bermudas, para depois ir para casa tomar banho. É ridículo. É Brasil. É Rio do César Maia.