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Como ficar rico a qualquer custo
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Nossa democracia apoia-se em três pilares:
– câmeras de segurança. Hoje em dia tem câmera por toda parte. Sorte dos cidadãos brasileiros. São elas que resolvem crimes no geral, de homicídios a pequenos furtos. Seu papel mais importante acontece quando são escondidas para filmar negociações de falcatruas. Os próprios membros das quadrilhas costumam gravar reuniões para garantir o futuro. Quando algo dá errado e algum demóstenes quer se fazer de bonzinho, surge uma bela gravação para entregar o meliante. É chantagem mesmo. Mas os brasileiros saem ganhando. O prefeito de Palmas, do PT, sintetizou a visão que os políticos têm das temidas câmeras declarando: “Tive o azar de ser filmado numa reunião com o bicheiro Cachoeira.” Azar o dele! Sorte nossa!
– escutas telefônicas. Legais ou não, elas são o grande alicerce de nossa justiça. Os advogados se contorcem para provar que a doce voz do político tramando no telefone é ilegal. Mas são essas gravações que apresentam os políticos de reputação ilibada montando esquemas envolvendo milhões de reais. A Nextel colaborou com o detalhe técnico. Cachoeira e sua turma achavam que os telefones internacionais eram livres de escutas.
– ex-esposas e mulheres traídas em geral. Quando surge o ódio da separação, são elas que entregam golpes dos maridos. O procedimento padrão é apresentar demandas financeiras, juntamente com informações sobre as contas no exterior do ex-parceiro e curiosos detalhes exóticos de suas personalidades. Rosane Collor só recebe R$18 mil por mês (realmente é pouco para a fortuna que Collor amealhou na passagem pela Presidência) e divulgou a queda do ex-marido pela prática de magia negra. Sensacional!
Em função da robustez desses pilares, podemos ficar tranquilos sobre a força de nossas instituições.