Qual carro comprar na faixa de R$60mil?

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O mais bonito é o Citroen C4 Hatch. Suas curvas são perfeitas. Um espetáculo. A porta do motorista é um pouco estreita, com o teto baixo, alguém alto tem que se dobrar. Falam que a manutenção é cara. A Citroen não tratou de administrar esta má fama. Há também o Focus. O carro é simpático. O Hatch (já viram que gosto deles, acho os carros sedan um pouco “família” de mais) é um bom desenho, largo, com boa presença. Achei dois defeitos: o desempenho é inferior, com a aceleração 0 a 100 km/hora acima de 12 segundos, e o nível de ruído é alto (segundo teste da revista Quatro Rodas). Eu passo. Por sinal, por falar em ruído, o barulho interno do Sandero (não foi teste, foi observação prática) tirou minha paciência para considerar os Renault. Dos franceses, também há a Peugeot. O modelo 308 chegou a me entusiasmar no passado. Era o modelo mais barato que trazia o freio ABS, antigamente, um diferencial para carros melhores. Hoje, já não me impressiona tanto. Os chineses chegaram subvertendo esta regra e colocando ABS em seus acanhados lançamentos. Tenham calma, eles chegam lá. Carro chinês? Você ainda vai ter um! A Chevrolet mantém o Vectra, o ancião que compete nesta faixa. O modelo com baixa performance, alto consumo de seu motor 2.0 ainda de oito válvulas, dá um tom antiquado ao produto americano. Mas, para quem busca conforto com os brinquedos ABS e direção automática, é uma solução. Os japoneses estão abalados pelo terremoto e tsunami. A entrega de peças vai ficar prejudicada. Será difícil manter a qualidade que permitia à Honda e Toyota cobrar sistematicamente mais caro. O City é um carro pequeno, que, para adquirir na versão com ABS, precisamos desembolsar mais de R$60mil. O Fit é uma opção de qualidade, apesar de parecer ser de outra faixa de preço. No Japão é carro de entrada para os jovens. Quase esqueço a Nissan. O Sentra é mal comentado em termos de estabilidade, mas parece exagero. Tem um modelo recheado de recursos (ABS e automático) por R$56mil que é uma boa decisão racional. E chegamos aos coreanos. Estes estão como o diabo gosta. Pelo menos até a Coréia do Norte invadir Seul. A Kia tem o Cerato. O carro parece com o Sentra, mais tem mais equilíbrio nas linhas. Vem com muita tecnologia embarcada e ocupa bem a faixa. A Hyundai exibe o I30, grande sucesso de vendas. É um carro completo com bom motor (aceleração inferior a 10 segundos no 0 a 100 km/hora) e desenho que agrada. Não gosto muito de seu estilo longilíneo baixo. A traseira chega de repente, logo depois das rodas, o que é comum, mas no caso do I30 eu acho o desenho meio precipitado. Este problema é resolvido pela versão CW que aumenta o carro em 18 cm. Curiosidade: Os coreanos são estranhos. O carro não tem o fechamento automático de janelas quando se aciona a tranca das portas, nem o travamento automático das portas quando a carro atinge 20 km/hora e o controle de fechamento contínuo dos vidros das portas. O módulo para se ter estas sofisticadas tecnologias custa R$800. Micranhagem de quem está com o mercado nas mãos. A desatenção com o consumidor tupiniquim é escancarada. Os coreanos só entregam carros nas cores (ou ausência delas) preto e cinza. De posse dessas informações, podemos dizer que o melhor carro é … aquele que você comprar e ficar satisfeito.

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