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Na Revista de O Globo desse domingo, na sessão de cartas, a fã de Martha debulhava: “”Fiquei encantada com o artigo de Martha “O que quer uma mulher?”. Aliás, amo tudo que ela escreve. É simplesmente divino o texto. Ela descreveu com facilidade como somos descomplicadas e fáceis de sermos entendidas. Freud, com certeza, concordaria com tudo. “” Vocês viram? Não fui eu que provoquei. Martha é para mim uma incógnita. Isso no sentido estrito. Eu não conheço o que ela diz. Não consigo avançar além do segundo parágrafo de suas crônicas. Não entendo o que ela diz ou aonde quer chegar e sou tomado por irresistível compulsão para virar a página. Minha ignorância fica mais deprimida ainda quando encontra uma criatura que define seu texto como divino. Uau! Me resta uma réstia de consolação quando a missivista se refere a “como as mulheres são descomplicadas”. ?!?! Tás brincando. Pior que acho que a tal Lucia Ferreira, que escreveu a carta, tá firme gostando do texto da MM e se achando simplinha. Sou adepto da seita majoritária que considera as mulheres tão complexas como descritas na famosa piada do gênio e da ponte para o Havaí.
A pequena nota da leitora me deixou duas impressões. Que eu não entendo mesmo as mulheres e, em particular, a Martha, a qual tem o dom de me provocar os “estímulos de aceleração da paginação” na minha leitura dominical. A outra impressão surpreendente que me deparei é que existe público para suas crônicas. Eu tendo a achar que esta atração pelos difíceis textos de MM são um tipo de patologia. Freud, com certeza, concordaria com tudo.