Ainda: Bancas de Jornais no Rio de Janeiro

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Este artigo foi motivado pelo comentário do leitor Dito. Suas ponderações me permitem esclarecer alguns pontos que venho divulgando em outros artigos do site. Vejam abaixo o comentário do dito (fica legal a expressão) e minha nota de esclarecimento.

Caro Amigo,
Acho que você está sendo injusto com os jornaleiros. Pelos menos a maioria. Pessoas inescrupulosas e desonestas existem em todos os segmentos. Com certeza nesta atividade, também. Eu mesmo já fui jornaleiro e quando entro em uma banca pra comprar alguma coisa, às vezes, me deparo com caras super mal encarados e grosseiros.
Gostaria de dizer, ainda, que quando você vê uma banca de jornais 24 horas, igual àquela que você menciona, com piso de granito, etc. , pense que existem fábricas de bancas, quiosques e outros que descobriram este filão e, de acordo com legislação do primeiro mandato de Sr. Cesar Maia, os jornaleiros tiveram que padronizar suas carcaças. Há alguns anos atrás estas fábricas começaram a ganhar dinheiro com suas vendas de bancas porque as empresas de cigarros financiavam a compra e em troca os jornaleiros tinham que vender seus produtos e fazerem suas fachadas de outdoor. Agora o cigarro tá em baixa.
Hoje, apareceu uma empresa de anúncios de traseiras de bancas. Não tem nenhuma banca sem anúncio. Adivinha quem está ganhando dinheiro com isso? Faça uma forcinha e veja quem autoriza e fiscaliza esse outdoor. Tem um cala boca para o dono da banca e a grana alta é dividida com os grandões. Se alguém for a alguma região administrativa e solicitar uma licença para abrir uma banca de jornais, eles riem na sua cara. Pela legislação, não se pode colocar uma banca a menos de 400 metros de onde já exista outra. Em toda zona sul não é mais possível isso. Portanto, esta que foi colocada na praça N. S. da Paz foi com algum laranja. Existem outros casos. É fim de mandado e a gente já tá careca de saber como é. Se eu for escrever mais, vou ficar a noite toda apontando essas canalhices.
Está certo que é um espaço publicitário, como você diz. Mas garanto que se fosse beneficiar o jornaleiro, jamais seria autorizado. A empresa de anúncios e a prefeitura são as maiores contempladas. Pode escrever.
Quando saiu agora a legislação do nepotismo, o Cesar correu e empossou em cargos de secretariado alguns membros de sua família (irmã e sobrinho) que, pela nova lei, deveriam ir pra casa. Que degradação!!!
Abraço.
Dito.

Prezado Dito,
Obrigado pelo comentário. Sua nota permite que eu esclareça um ponto importante: eu não tenho nada contra os jornaleiros! Talvez meu texto original tenha sido ambíguo. Minha argumentação pode misturar os donos do esquema de criar novos pontos de bancas de jornais com a figura do cidadão que trabalha na banca, o jornaleiro. O sujeito que trabalha em sua banca, o dia todo, está, como todos nós, buscando recursos para tocar a vida. Assim acontece com muitos camelôs que trabalham vendendo com uma pequena bandeja instalada nas calçadas. O problema que chamo atenção é a esculhambação praticada por quem devia organizar o espaço urbano de nossa cidade. O fato é que existe uma verdadeira quadrilha controlando essas concessões. O preço que temos que pagar para que um novo jornaleiro tenha ocupação é enfear e tirar o direito de transitar confortavelmente que os outros cidadãos têm. A cidade perde sua beleza e funcionalidade para que espertos que agenciam a instalação de bancas de jornais ganhem dinheiro, seja com o aluguel da banca para o jornaleiro ou com a venda do espaço publicitário criado do nada. Esta é a bagunça que me refiro. Os jornaleiros, familiares de jornaleiros, amigos de jornaleiros que criticam minha crítica, se resumem a ver o problema isolado do jornaleiro que quer ter uma banca como sua fonte de trabalho e renda. Esse desejo é legítimo. Mas se for permitido que qualquer um instale uma nova banca onde achar conveniente, a “zona” estará instalada. Nada poderemos dizer ou fazer para impedir também que o camelô que queira se instalar onde bem entender, seja na porta de uma banca de jornal ou do meu prédio. Deveremos achar razoável que uma família sem teto queira montar uma barraca e morar na calçada, na porta da banca de jornal ou na calçada do meu prédio? Nosso país tem muitos problemas. Mas liberar geral não é a maneira de resolvê-los. Mais uma vez, obrigado pelo seu tempo e sua contribuição.
Tiresias da Silva

3 comentários em “Ainda: Bancas de Jornais no Rio de Janeiro”

  1. No Rio de Janeiro para o bem estar do carioca nada funciona, só funciona para o bem estar do govenador e do prefeito, que são as multas , o IPVA, IPTU, Incendio, Txa de luz, de água e esgoto que não existe, txas para concursos, cobrando de desempregados, enfim você paga tudo e não recebe nada, um caso tipíco de estelionáto…. Mas a Lei não foi feita para punir esses corruptos e sim o coitado do contribuinte,
    Jornaleiros são trabalhadores honestos e não devem ser perseguidoas.
    Realmente estamos numa Ditadura pior que a Ditadura que eles pregam (DITADURA MILITAR) estamos agora numa Ditadura pior que estraçalha o coitado do trabalhador ….
    PARA ELES TUDO PARA O POVO NADA!!!

    Respondendo: Prezado Henrique. Concordo com seu desabafo sobre nossos políticos. Aproveito a oportunidade para afirmar que não tenho nada contra trabalhadores, sejam jornaleiros ou quaisquer outros. Só acho que nossas calçadas têm muitos pontos de venda (bancas de jornais e outros tipos de comércios estabelecidos). As calçadas deviam ser destinadas a sua função principal: permitir ao povo ir e vir. Abraço.

  2. É impressionante,como pessoas se preocupam com coisas tão pequenas.como bancas de jornais,quando são eles que nos trazem informações.São eles que nos alertam.
    Temos que nos preocupar sim,e nimguem se preocupa;O brasil é4 o maior produtor de soja,de açucar e áqui é onde se vende mais caro . aqui a energia e os impostos são os mais caros do que nos países mais ricos,o trabalhador que da lucro a nação ganha salário mínimo,os deputados ganham 27 mil e um deles disse que é salário de fome.
    e alguem preocupado com banca de jornal.

  3. pq o estado do rio dejaneiro vc não conseguer emitir um atestado de antecedente criminais, pela internet? pq todos empregos que vc proucura agora pede! e o poder judiciario do rio só atrasar, e quando vc consegue o atestado vc ja perdeu seu emprego,,isso p mim que sou carióca é uma vergonha, pq em são paulo existe o poupa tempo que vc consegue tudo no mesmo dia, carteira de trabalho, rg,antecedente criminais ,seu primeiro emprego, certidões,,p mim esta de parabens,,governantes do rio de janeiro vamos mudar isso, afinal até p olimpiada 2016 conseguimos , nós temmos poder p isso,,vamos acabar com essa bagunça dentro de nossa casa,,pq somos cariócas e um cidadão brasileiro vamos honra a cor de nossas camisas,,

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