vender postes dá dinheiro no Rio de Janeiro

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Lá vem a gente com outra picuinha. Agora é com a quantidade de postes no Rio. Achamos que tem poste de mais. É natural que não haja coordenação entre as áreas responsáveis por instalar postes. Onde é mesmo que temos coordenação nas ações do governo? A light coloca poste, o pessoal do trânsito coloca outros e os postes vão se acumulando pela cidade. Nossas pobres calçadas estão recheadas de fradinhos, camelôs, bancas de jornais, buracos, tapumes da CEG fechando bueiros minados, carros estacionados irregularmente, pedras portuguesas desarrumadas e… postes! As calçadas estão ficando intransitáveis, difíceis para se caminhar, o que faz com que muitos já optem por andar pela rua. Mas estamos entrando em outro assunto, a questão aqui são os postes. O Rio tem muita placa de orientação. Não é por falta de placas que entramos na contramão. E os postes, com todas as destinações possíveis, vão sendo colocados mais e mais. É claro que não há preocupação em usar postes com diferentes utilidades. Começo a desconfiar que o negócio de vender poste para a prefeitura é rentável.

Qualquer obra que acontece, há particular esmero em colocar novos postes. A curiosidade mais recente aconteceu na Lagoa Rodrigo de Freitas. Havia uns postes que proporcionavam boa iluminação à orla. Como a manutenção não existia. Por sinal, o conceito de manutenção não chegou ainda ao Brasil. Aqui, faz-se, inaugura-se e deixa-se virar ruína. Aí, justifica-se gastar uma puta grana de novo para colocar tudo novinho (e pagar por isso) e deixar tudo se estragar outra vez para fazer de novo num ciclo de gastança infinito. Bem, lá estavam os postes da Lagoa começando a se deteriorar. Solução brilhante: colocar postes absolutamente similares do lado dos antigos, com o discurso que, agora, os novos postes terão “iluminação de LED”. Espetacular! O LED vai resolver tudo. Como sou naturalmente pessimista, acho que os modernos postes de LED também vão ser deixados largados até poderem justificar novas aquisições, que encherão os bolsos dos sortudos fabricantes desses espetos urbanos.

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