Míriam Leitão e a economia de eletricidade no horário de verão

A colunista afirmou que o horário de verão parece não ajudar, pois todo ano o consumo de energia elétrica aumenta. Isso é que é análise simplista. O horário de verão é para se economizar energia. Não quer dizer que com o horário de verão gastaremos menos energia elétrica que no ano anterior. Em 2012, a estimativa da economia foi R$120 milhões. Como o por do sol acontecerá mais tarde, gastaremos todos menos luz. Na verdade, o consumo está aumentando por outros fatores, o mais importante, é que a renda está mais alta e o povo está consumindo. O ar condicionado deve estar ligado mais tempo, já que diminuiu o medo da conta. O verão de 2012 teve um calor meia bomba, mas o povão gastou mais com suas geladeiras novas compradas com imposto menor e para carregar seus novos smartphones (para os leitores menos atentos, aviso que este último comentário foi sarcástico). Mas o que me surpreendeu foi a colunista de economia de O Globo não entender direito a questão do horário de verão.

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sou contra o heliporto da Lagoa

Eu e muita gente. Certamente somos mais do que os bacanas que deixam seus carrões nos estacionamento da área de pouso e decolagem de helicópteros para irem para suas casas em Angra ou Búzios. Nada contra os bem ricos. Mas não gosto que uma parte da Lagoa Rodrigo de Freitas seja ocupada para que os endinheirados possam passar batidos pelos engarrafamentos. Me tira do sério ter que interromper minha caminhada na Lagoa para que o helicóptero do milionário possa aterrissar. Há outras mazelas da existência do heliponto por ali. O barulho do tráfego de fim de semana é alto e perturba os moradores da Lagoa. A canalização do tráfego gera risco para uma área urbana densamente povoada. Quando cair um helicóptero em cima de um prédio, os governantes dirão que foi uma tragédia, criarão uma comissão de inquérito, a imprensa fornecerá os números do intenso tráfego e, talvez, mude alguma coisa. Mas aí, irreparavelmente, já terá morrido alguém. Parafraseando outros movimentos: Desocupem a Lagoa. Por sinal, é heliponto ou heliporto, ou valem os dois?

Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras [Sherlock Holmes: A Game of Shadows] 2011, Guy Ritchie

Fraquinho. O personagem está bombado. Ao incrível intelecto dedutivo do personagem criado por Conan Doyle, acrescentaram-se grande capacidade física e um quê de previsão de futuro, que transformaram o moderno Sherlock Holmes em um típico super-herói. Os menos conhecedores do personagem original, vão achar que Sherlock Holmes é uma cópia do médico House, dos seriados de TV (!). Mas quem vai ver a franquia Sherlock Holmes espera por histórias desse tipo. O ritmo frenético, as piadas geradas pela relação entre Holmes e seu amigo Watson, vão segurando a história. O arqui-inimigo (super-herói tem que ter um arqui-inimigo) Professor Moriarty funciona bem. O irmão de Holmes, incluído no grupo, não acrescenta muito ao quadro geral da história. A fotografia escura faz parte do da programação visual da época. A afetação dos atores Robert Downey Jr. e Jude Law é adequada para as brincadeiras do 007 da antiga Londres, se bem que os aventureiros viajam bastante durante a história. O resultado final é um filme sem compromisso para passar o tempo no final de tarde ou para assistir no futuro na TV paga. Elementar!

temos medo de sair às ruas com câmeras fotográficas

É uma característica do brasileiro nos centros urbanos. Temos a certeza de que estamos sempre sendo observados como alvos potenciais para um assalto. Uma câmera, em particular as DSLR mais chamativas, é o típico objeto de interesse dos assaltantes de rua. Dá medo sair com uma na rua. As vendas de câmeras parecem evidenciar o receio do brasileiro de sair às ruas com máquinas mais vistosas. Matéria do site G1 mostra que no Brasil só 1% das máquinas vendidas estão na faixa das DSLR. No mundo, este percentual está em 10%. Um fato que comprova a paranóia dos usuários das câmeras fotográficas maiores é apreciado quando se vai, por exemplo, a pontos turísticos onde a segurança é maior. O Jardim Botânico do Rio é um caso desses. Por lá, como de repente, aparecem vários fotógrafos portando seus equipamentos mais sofisticados. No Centro da cidade do Rio de Janeiro, quase não se vê os ousados fotógrafos. Continue lendo “temos medo de sair às ruas com câmeras fotográficas”

Algo em comum com Steve Jobs

Temos pelo menos duas coisas em comum. Jobs gostava da obra do fotógrafo Ansel Adams. Somos dois. Adams foi fantástico. Suas fotos em P&B do parque Yosemite são maravilhas de beleza e um show de técnica. O outro aspecto em que compartilhamos o gosto são os carros Porsches. Bem, pretendo ir a Yosemite conferir a beleza. Já a compra do carro talvez demore um pouco.

Aula de Religião nas Escolas Públicas

A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro aprovou a criação de 600 cargos de professores de religião. Bem que podiam usar esse dinheiro para aumentar o salário dos professores de matemática. Como sou ateu praticante, vejo essa iniciativa como um belo desperdício. Vão encher a cabeça de crianças com superstições do tipo “Deus criou o céu e a terra…”. Coitados dos pimpolhos. Um deputado do Partido Comunista conseguiu incluir um aditivo obrigando as escolas a informarem que as aulas de religião serão facultativas. Uma maravilha viver num país que joga dinheiro fora em atividades facultativas. Que Deus nos ajude!