Poluir ou não poluir define o futuro

Adan Tooze apresenta avaliação interessante. China avança no investimento em energia verde, com foco nas placas solares. Enquanto isso, EUA retorna aos tempos do investimento em petróleo, como parte de sua estratégia de volta ao passado. Tooze aponta a possibilidade de vir acontecer alinhamento entre Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia – que parece parceria inviável – apoiados na escolha da energia fóssil para nortear o futuro do planeta. Sua tese considera a possibilidade de uma nova guerra fria que mistura ideologia, tecnologias críticas, cadeias de suprimentos e controle da energia. O economista aborda a dinâmica desse novo equilíbrio (ou desequilíbrio) de forças e como isso se refletirá no aquecimento global. Vamos ouvir mais sobre isso no futuro.

Eleições de 2026 tomando forma

As cartas estão lançadas. Começou a corrida para a eleição do próximo presidente. O cenário está se delineando.

Do lado do bolsonarismo se firma que Jair Bolsonaro está fora do baralho. Deverá ser julgado, condenado e preso. O esforço dos filhos não deve tirar o pai do cadafalso. O nome Bolsonaro ainda terá cacife no eleitorado. A direita mais objetiva se aglutina em torno de Tarcísio de Freitas. Governador de São Paulo bem avaliado, afilhado de Bolsonaro, é candidato perfeito para o pleito. A família Bolsonaro deve colocar um segundo candidato com o brand Bolsonaro. Eduardo não serve mais. Escolheu trair o Brasil e viver nos EUA. Os outros irmãos não tem relevância suficiente. O nome para carregar a marca é a Michele. Num primeiro turno, ela será útil para garantir votos dos bolsonaristas raiz. Não tem força para ir para o segundo turno. Seus eleitores terão que digerir Tarcísio, aliás ele que tem se comprometido em indultar Jair. É o caminho para Bolsonaro voltar pra casa.

Na esquerda a cartada é mais rígida: Lula! O PT não preparou opção ao ex-metalúrgico. Aliás, Lula nunca se interessou em deixar herdeiros. Dilma foi um poste que mostrou a força de Lula. Haddad seria boa opção para a continuidade do modelo atual da esquerda no Brasil. É preparado, mas não tem suporte popular para um embate com os candidatos da direita. Então, teremos Lula na cédula.

Vai ser assim. Lula contra um emergente das fileiras bolsonarianas.

Kasparov em Substack

“O objetivo da propaganda moderna não é apenas desinformar ou impor uma agenda. É esgotar pensamento crítico das pessoas, aniquilar a verdade.”

Em sua coluna em Substack, Kasparov analisa mudanças nas linhas de frente na batalha contra o autoritarismo e insights estratégicos sobre o que fazer a seguir. Bons movimentos do grande mestre.

Difícil analisar…

Tá difícil. Os assuntos atuais são tão estranhos, graves, aparentemente insolúveis, que não é interessante falar sobre eles. Um primeiro motivo é que são desagradáveis. Estão longe de passar pela racionalidade. O maior problema é a ignorância geral que veio à tona pelas redes da internet. Todos têm opinião sobre qualquer assunto, saibam ou não alguma coisa sobre o que estão falando. E não são opiniões. São declarações definitivas, cheias de empáfia, de certezas, tudo corroborado por outros idiotas que advogam qualquer coisa na rede. É assim: Você não quer acreditar que a terra é redonda? Sem problema. Pode escolher: plana, elíptica, cúbica, o que quiser. Vai sempre encontrar outros dementes para conjurar com você. Imagine essa desordem mental aplicada às discussões políticas. Vade retro.

De qualquer maneira, vou escrever esporadicamente por aqui. Não tenho intenção de explicar ou convencer ninguém. Perder tempo discutindo com trouxas, sou preconceituoso, os mágicos dos livros do Harry Potter chamam os não-mágicos de “trouxas”. É só para escrever um pouco. Estava com saudade. E também pensar um pouco, que não custa nada.

Preciso sair. Volto depois.

Expansionismo na moda

Numa conferência de imprensa, o presidente eleito Donald Trump recusou-se a descartar o uso da força militar ou da coerção econômica para tomar a Groenlândia e o Canal do Panamá. Também comentou que o Canadá deveria virar o 51o estado americano, que existe, segundo ele, definido por linhas artificiais de fronteiras. Sugere usar força econômica para forçar o Canadá a se integrar aos EUA. Sensacional. A gente achando muito as pretensões de Putin pela Georgia e o leste da Ucrânia. E Maduro quer pedaço da Guiana, junto com o petróleo, claro. Israel aumentando sua área junto à Síria, sem muita crítica da comunidade ocidental, se é que houve alguma. Tempos estranhos... Imagina só Bolsonaro querendo anexar a Província Cisplatina.

Enfim o segredo de ficar rico está disponível para todos: saiu o livro A Receita – como enganar muitos e sorrir

Há mais de dez anos, Ernesto Friedman escreveu ensaio aqui em Polemikos onde mostrava em linhas gerais o modelo de ganhos financeiros que vem há décadas encantando e extraindo dinheiro de milhares de ingênuos. Alguns espertos dominam as técnicas que Friedman resolveu compartilhar com toda a humanidade. Seu novo livro A Receita – como enganar muitos e sorrir está na Amazon. Vale a pena se aprofundar nas regras para extrair dinheiro dos outros. Se você não pretende se aproveitar dos outros, A Receita serve como um guia para se proteger dos esquemas que os praticantes dA Receita aplicam todo o tempo. Afinal, o modelo dos esquemas dA REceita é radical: ou você conhece e, se quiser, aplica nos outros, ou você será a vítima. Você decide.