Por que Donald Trump não gosta do Pix?

Estava tudo andando tranquilo. Mastercard e Visa ganhando uma grana com seus cartões e chegou o Pix. Algum CEO da indústria de cartões alertou o presidente americano da ameaça que a solução brasileira faz aos lucros dos cartões. E o presidente americano prontamente colocou o Pix brasileiro na lista de motivos para sanções contra o Brasil. O motivo é simples: quando os brasileiros usam o Pix no lugar dos cartões de crédito e débito, isso afeta o faturamento das administradoras dos cartões. O lobby dessas empresas deve ter cutucado Donald Trump. A tecnologia expôs o modelo de negócio das administradoras de cartões. A importância desse negócio é tão grande que a legislação americana protege o mercado dos cartões de crédito. Tem lei específica definindo que o governo dos EUA não pode criar seu próprio Pix. 

Vamos entender: Comprar no cartão de crédito é mais caro! Não parece, né? A ideia é essa mesmo. Parecer que comprar no cartão é fácil, confortável e financeiramente atraente. É fácil e confortável, mas custa mais caro. A gente paga mais para ter as facilidades do cartão. Foi criado um inteligente modelo de negócio para os estabelecimentos aceitarem cartões e os consumidores usarem. No passado, o cartão trazia inúmeras facilidades: não precisava fazer cheque, não precisava ter dinheiro na carteira e nem no banco. Isso sem falar no status associado ao cartão de plástico.

A grande vantagem do cartão é trazer embutido o sistema de crédito automático a ser quitado na próxima fatura. Mas não há almoço grátis. Quando pagamos com cartão de crédito, o vendedor paga mais de 2% de custos à administradora do cartão. Claro que ele repassa esse custo pra gente, o consumidor. Poderíamos comprar tudo à vista com bom desconto, mas um gênio do marketing (junto com muito lobby) definiu que comprar no cartão de crédito é igual a comprar à vista. Desde 2017 é permitido aos estabelecimentos comerciais darem desconto para as compras à vista, mas poucos o fazem. Por que será? Os negociantes não sabem fazer as contas e ganhar mais de 2% em cada compra à vista? Ou será que há alguma pressão para “vender” no cartão de crédito? 

Em 2004, escrevi artigo sobre os juros escondidos nas compras com cartão. Na época, a estrutura de suporte à operação do cartão oferecia atraente comodidade no seu uso. Mesmo aquele comprovante de compra que precisávamos assinar, era bem funcional comparado com dinheiro vivo ou cheques. Mas o tempo foi passando. O celular se popularizou, a tecnologia de informação se desenvolveu e, curiosamente, o Brasil saiu na frente no cenário mundial criando a bela solução de pagamento chamada Pix. Com ela, podemos ter a mesma comodidade do cartão e não haver custo para o vendedor e o consumidor. (Na verdade, as empresas pagam uma pequena taxa para transações com Pix. Mas é muito pequena em comparação com aquelas dos cartões.)

E o caso específico do cartão de débito? Com o advento do Pix, fica sem sentido pagar com cartão de débito. Afinal, com o Pix, o dinheiro sai da conta instantaneamente, do mesmo jeito que na compra com cartão de débito. Confiando na IA do Copilot, temos que “o valor da tarifa no Pix varia por instituição, mas costuma ser bem menor que as taxas de cartão, sendo muitas vezes entre R$0,50 e R$1,50 por transação ou um pequeno percentual (ex: 0,5%). Já no cartão de crédito as taxas são significativamente mais altas: geralmente entre 2% e 5% do valor da venda e o prazo de recebimento pode variar de 2 a 30 dias, dependendo do plano.” O cartão ainda tem a taxa de administração que é cobrada para boa parte dos usuários. Difícil achar graça em usar cartão de débito no lugar do Pix. Cabe a pergunta: por que não trocamos o cartão de débito pelo eficiente Pix?

Já o cartão de crédito não é igual ao Pix. A vantagem do cartão de crédito é… o crédito com prazo médio de um mês, que é o tempo até o pagamento da próxima fatura, crédito esse que pode ser prorrogado automaticamente. Se o consumidor não tem o dinheiro na hora, o cartão de crédito permite que ele antecipe a compra para pagar depois, mesmo sabendo que comprar sem ter o recurso para pagar é perigoso, ainda mais no Brasil, onde os juros do cartão de crédito são da ordem de 10% ao mês. Mas isso já é outra conversa. 

Sem esquecer que estaremos pagando pelas benesses, os cartões apresentam alguns agrados para se diferenciar amarrar os clientes. Têm as famosas milhas, uma moeda paralela que é boa maneira de incentivar seu uso. Tem o parcelamento da compra, que pode ser oferecido pelo comerciante na compra por cartão. É jeito sorrateiro de vender crédito ao consumidor mesmo que ele não queira. E o preço pode ser parcelado em até inúmeras vezes sem juros. Boa maneira de esconder o preço à vista. Claro que o produto ou serviço podiam ser vendidos à vista por um preço melhor! Em tempo: o Pix vai oferecer também a funcionalidade de parcelamento. Será implantado até o fim de 2025. Nosso Banco Central está mesmo a fim de fazer maldade com as administradoras de cartões.

Como deveria ser? Os consumidores deviam ser orientados sobre finanças pessoais. O crédito embutido na transação deveria ser explicitado. Por exemplo, com as taxas de juros atuais, seria razoável que um produto ou serviço tivesse dois preços. A compra à vista deveria ter um desconto de pelo menos 1%, mas pode ser bem maior. A vantagem de receber dinheiro à vista também é muito boa para as empresas. Tanto é que encontramos muitos estabelecimentos oferecendo 5% de desconto na compra à vista. O comerciante não é burro. Se ele dá desconto na compra à vista é porque o dinheiro antecipado facilita a administração do seu fluxo de caixa. Acreditem que na internet aparece texto dizendo que vender no cartão, apesar dos custos, é bom para a empresa para dar previsibilidade ao fluxo de caixa. Queria encontrar esse comerciante que quer receber o dinheiro depois para ter mais controle do caixa. Risível.

Então é isso. Os consumidores precisam saber e praticar que o desconto que pedem na compra à vista é financeiramente justo. Se os brasileiros começarem a dar preferência a pagar com Pix, suas compras vão ficar mais baratas. Infelizmente, os lucros do Mastercard e da Visa vão diminuir. Negócios são assim. De repente, aparece uma novidade e sua empresa se torna obsoleta. 

Oi: exemplo de marketing negativo

De repente percebi que não precisava mais do telefone fixo. A grande utilidade do fixo era informar o número à farmácia ou à pizzaria para confirmar o endereço de entrega em domicílio. Troquei para o número do celular e não reclamaram. O telefone fixo ficava tocando de vez em quando para fazer propaganda. Não tinha utilidade. Eu não aguentava mais uma gravação da voz do Silvio Santos vendendo alguma coisa. Uma tortura. A Oi também enchia o saco tentando vender novos planos.

Liguei tentando um plano mais barato que os R$45 que pagava. Não toparam. Cancelei o telefone. Continue lendo “Oi: exemplo de marketing negativo”

Melhor comprar parcelado ou à vista com desconto?

O cidadão comum não entendem nada de matemática financeira. Juros são uma abstração complicada que o povão trata da maneira mais simples: paga o que lhe pedem! O povo vive cercado de ofertas que utilizam expressões como “juro zero” ou “tantas vezes sem juros”. As empresas que usam essa conversa estão no limiar da mentira deslavada. Na verdade, já passaram desse limiar faz tempo. Dizer que pagar um preço cheio à vista é igual a pagar o mesmo preço em certo número de parcelas é mentira pura e simples. É boa maneira de treinar o cidadão para ser ludibriado.

O aplicativo Melhor à Vista? ajuda as pessoas a escolherem certo entre comprar em prestações e pagar à vista. O app calcula o valor do desconto a partir do qual é melhor fazer a compra à vista. Com ele, o consumidor pode facilmente fazer as contas que precisa para não passar por otário. Para mais detalhes, veja o site do aplicativo Melhor à Vista

mídia social é um fórum para a “estupidez”, diz Herzog

Werner Herzog não gosta de mídias sociais. Eu também! Diz ele: “My social media is my kitchen table. My wife and I cook and we have four guests maximum because the table doesn’t hold more than six.”

Esse post é tão pequeno que é quase um tweet. 

Iphone com bordas curvas. Essa é a novidade? Não exatamente. 

As inovações em softwares e funcionalidades agregadas aos equipamentos exigem mudanças nos modelos em operação. Em março ou abril de 2016, a Apple lançará versão melhorada do iPhone, o modelo chamado 5se (special edition). Trata-se de um upgrade do iPhone 5s, um modelo de sucesso  que merece sobrevida. 

O processador e o bluetooth terão as versões mais modernas usadas no iPhone 6. Para permitir aplicações do Apple Health, o celular terá um barômetro para medir altitudes. Também haverá um chip específico para o uso do Apple Pay. A câmera será a mesma de 8 megapixel do iPhone 6 com recurso de fotos panorâmicas. 

No design, o que diferenciará a novidade serão as bordas arredondadas como na família 6. Aos poucos o iPhone 5s será retirado e o iPhone 5se ocupará seu lugar. E vida que segue. 

Veja artigo fonte em 9TO5Mac

Qual seu perfil de uso da Internet?

Qual é o sistema operacional do seu celular? Qual e-mail você usa? Em que nuvem guarda seus dados? Onde ficam suas fotos?

Hoje, rola uma briga radical (briga de foice no escuro) entre os grandes fornecedores de soluções para o mundo digital. A lista de serviços que podemos destacar é grande. Quase podemos viver na internet fazendo de tudo atrelados a um grande fornecedor. Podemos usar somente Microsoft, Google ou Apple. Ou ficar dentro do meio-ambiente do Facebook. A questão é saber se você é um Google-boy (ou Google-girl), ou se é um amante insistente na Microsoft, ou se é um adorador fashion da Apple.

Vejamos quais escolhas pode-se fazer e quais aquelas que eu fiz. Continue lendo “Qual seu perfil de uso da Internet?”