E nasce uma igreja…

É a vida. Difícil dádiva, que não sabemos quem ofertou. Boa parte dos nossos problemas começa nessa ignorância. De uma hora pra outra, uns macacos pelados resolveram ter consciência. E a coisa degringolou. Foi demais pro nosso caminhãozinho. Não sabemos responder aquelas perguntinhas básicas: O que somos? De onde viemos? Pra onde vamos?
Ao longo de nossa história recente (bota um dez mil anos nisso) alguns personagens fora de série idealizaram seres superiores, que teriam nos criado. Das propostas desses personagens especiais (Jesus Cristo é o mais renomado, pelo menos do lado ocidental do planeta), criaram-se um sem número de religiões. Religiões são a organização das superstições. Em alguns momentos as religiões foram úteis para pôr ordem no caos social da antiguidade. Alguns estados absolutos, onde o monarca se dizia divino e mandava e desmandava, foram expostos a um poder mais alto, um Deus. A nova ideia de que tinha um ser superior dando conta de olhar pela espécie humana foi bastante oportuna para colocar limites no poder de reis, imperadores e suas variantes. Dado o estado de barbárie que imperava na antiguidade, alguns preceitos como “amar o próximo” eram pura vanguarda revolucionária. 

As religiões não são mais tão úteis assim. Continue lendo “E nasce uma igreja…”

Investigações chegam a Lula

Se a polícia e as CPIs chegaram, eu não sei, mas a imprensa já chegou. Está vindo à tona as relações íntimas do ex-presidente com as empreiteiras que foram flagradas na Operação Lava-jato. Estas empresas se mostraram particularmente motivadas em pagar vultosas quantias para as palestras do nosso grande líder. Também foram super generosas com o Instituto Lula. É impressionante como o dinheiro era lavado. O dinheiro alimentou o ideal que restou aos petistas: “encher a burra de dinheiro”. 

Vai feder. 

afinal quem tem colhão no Brasil?

Começou o ano. Como todos sabem, sou um sujeito influenciável. Cada coluna do Merval Pereira que eu leio em O Globo, aumenta meu ódio ao PT. É irresistível.

A impressão que marca, nestes primeiros dias do ano, é que o governo está meio perdido. O PT fez a coisa mais importante para um partido: comprou e vendeu o que fosse necessário para ganhar a eleição. Apostou todas as fichas. Corre o boato que o marqueteiro do PT levou 70 milhões de reais de prêmio pela eficiente campanha eleitoral que conduziu. Foi uma sugeirada só, mas os fins justificam os meios. O prêmio foi ganhar um país. Certo? Dentre as fichas apostadas entra nosso dinheiro. Talvez algum do que saiu das propinas da Petrobras e foi parar na verba de campanha. Mas o fato é que Dilma levou a taça. E aí começaram as decisões. E começou a lambança.

Veio um ministério torto. A área de Economia do ministério vai contar com pessoal afinado com o mercado. No resto (e bota resto nisso, são 39 ministérios) fez-se a usual distribuição de postos pelos partidos da base de apoio do governo. Competência ou afinidade com as áreas foram desprezadas. Entende-se. O momento é de pagar as dívidas com os aliados da campanha. O PT paga bem.

Mas logo no primeiro dia, já deu baixaria no relacionamento do presidente com o Ministro do Planejamento. Lá da praia na Bahia, de férias, Dilma deu esporro no ministro que antecipou mudança no cálculo do salário mínimo. Isso só deveria ser divulgado no segundo semestre, quando o povo já tivesse esquecido as promessas de campanha. O cara é alinhado com o partido, afinou. Emitiu nota dizendo que nada muda na casa de Noca.

A grande expectativa, minha e das agências de rating, em 2015, é ver se o brasileiro tem bolas ou elas são apenas um adereço de carnaval. Quem é que vai botar o pau na mesa e reagir às broncas da gerentona que não gerencia? A procura vai ser difícil. O povo saiu das ruas. Os engenheiros da Petrobras já puseram o galho dentro. Engoliram a presidente dizer em seu discurso de posse que o problema da empresa são malfeitos de alguns funcionários. Porra nenhuma! Os mais desatentos sabem que os desvios foram feitos por prepostos do governo dela ou do anterior, aliás, quando a Dilma tinha acento no Conselho de Administração da empresa. Mas os empregados da Petrobras vão deixando, deixando, daqui a pouco não conseguem se candidatar nem a síndico de prédio, pois carregarão a pecha de corruptos inveterados. Como dizia meu compadre nordestino: “Quem muito arreganha, o cú aparece.”

Fica para acompanharmos em 2015: quem vai mostrar que tem colhão? Ou na forma mais popular, para os leitores do PT entenderem, quem mostrará que tem culhões?

só queria entender: por que devemos usar cintos de segurança nos carros e os passageiros andam em pé nos ônibus?

É inquestionável: O uso de cintos de segurança contribui para diminuir a gravidade dos acidentes nos carros. Quantas pessoas foram salvas pelos cintos de serem jogadas contra os volantes dos automóveis, mesmo em pequenas colisões. Sem dúvida foi um avanço na segurança nos transportes. Então, por que os ônibus são autorizados a trafegar com passageiros em pé, sem nenhuma proteção para acidentes. Conheço um caso em que dois irmãos foram jogados contra os bancos e tubos do interior do ônibus, quando este se envolveu numa colisão no Centro do Rio. Um rapaz quebrou o fêmur e o outro teve um edema cerebral. Se estivessem sentados com cinto de segurança, seria apenas um susto.

Então, qual é a hipocrisia da vez? É certo que o uso dos cintos nos carros já diminui muito os efeitos dos acidentes sobre os passageiros. Mas, e os simples mortais que andam de ônibus? A legislação não devia protegê-los também? Criou-se lei recente obrigando os ônibus a terem ar condicionado. Ótimo. No calor escaldante do Rio, um frescor dentro do ônibus será muito bem recebido. Mas, e a segurança? Não devia ter lugar sentado para todos nos ônibus? E todos usando o cinto.

Eu só queria entender…

Natureza dá seu recado no final de ano

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Os dias que antecederam 31 de dezembro mostraram céus magníficos no Rio. A combinação com nuvens de chuva gerou bonitos arco-íris. No dia 31, formou-se um paredão de nuvens lá paras bandas da Zona Norte, que ameaçava estragar a festa dos fogos em Copacabana. Curiosamente, as televisões ignoraram a possibilidade de um temporal. Ou têm acesso a informações mais precisas sobre o clima, ou não quiseram alertar o público para não diminuir a participação da população na festa. E se o temporal se confirmasse com 2 milhões de turistas nas ruas esperando os fogos? Certamente seria uma tragédia impossível de prever. Uma fatalidade, como nossos governantes gostam de classificar. As nuvens eram de chuva mesmo. Na Pavuna, zona de pecadores ou que pagam pouco IPTU, choveu forte e teve até granito.

Pra mim, temente às superstições em geral, foi uma mensagem dos céus. A Natureza informa gentilmente que o povo brasileiro pode ser otário, mas ela não está nem aí, se tiver que chover, ventar, alagar o país onde as verbas de obras desaparecem, o céu vai cair na cabeça do populacho.

Todos alertados, feliz 2014.

Homem do Ano 2013: Renan Calheiros novamente no pódio

O voo em avião da FAB para fazer implante de cabelo deu ao presidente do Senado Federal o mais alto laurel da imprensa blogueira, o prêmio de homem do ano de Polemikos. Um prêmio errático. Sai ano sim e some por outros muitos. Mas Renan continua brilhando. A jogada dele já no final do ano foi definitiva para garantir o prêmio por ipon. Dirceu, fazendo cocô num buraco da cela da Papuda, vinha correndo na liderança. O evento do PT, com participação da Presidente, fazendo uma homenagem aos criminosos do partido que hoje estão enjaulados, fortaleceu ainda mais a consagração de Dirceu para Homem do Ano. Parecia imbatível. Não contávamos com a agilidade e cretinice de Renan. Ele nem precisou ser criativo. Sergio Cabral, no Rio, tinha dado o golpe de “o povo já esqueceu”. Cabral voltou a viajar para sua casa em Angra de helicóptero pago por mim, por você. por nós todos os idiotas do Estado do Rio de Janeiro. Eu entendo. Ele é um homem rico, de hábitos caros, não sei como juntou tanto dinheiro na vida pública, mas depois que a gente se acostuma com o luxo é difícil largar. Eu acho que Cabral pediu a seu Secretário de Segurança para dizer que ele precisa passear de helicóptero para manter a segurança. O helicóptero era para trabalhar. Ir para sua casa de luxo em Angra é atividade particular. Donde… não precisava que eu pagasse seu helicóptero. Mas eu dizia que Renan adotou a prática de Sergio de Cabral de se lixar para o povo. Ele já tinha usado o avião antes para objetivo particular. Foi pego, deu uma grana para o estado e relaxou. Agora fez de novo. Foi pego de novo. Com a cara lavada, disse que paga os custos. Esses caras estão criando o método de perpetrar golpes contra o Brasil e, se pegarem, pedem desculpas, “foi mal”, pagam a conta e seguem em frente. E os casos que não flagramos os delinquentes? Assim trambiqueiro contumaz, que ficou famoso quando criou a pensão para amante, paga por uma empreiteira, Renan vai pra o trono. É nosso Homem do Ano, síntese do tem de ruim por aqui. Tem Sarney, tem Feliciano, tem Cabral… mas Renan Calheiros é emblemático.

A Praga das Olimpíadas

Assistimos todo dia este Brasil desordenado e continuamos a nos perguntar como vai ser a realização das Olimpíadas por aqui. Um artigo do site The Daily Beast (thedaiybeast.com) traz más notícias para quem acredita que o Rio vai ganhar com a realização dos jogos em nossa cidade. Os dados compilados por estudiosos do assunto mostram que não se comprova o famoso argumento de que os turistas vão correr para a cidade que realiza uma edição dos jogos olímpicos modernos. Os orçamentos estouram. Populações pobres são deslocadas. O evento ocorre. Alguns poucos ganham muito dinheiro e a cidade sede fica com as dívidas para administrar. Montreal foi o maior fracasso. Seu orçamento atingiu oito vezes o previsto. Outras cidades não chegaram a tanto. Mas os custos altos são a rotina nesses megaprojetos. Notem que não falam de corrupção, obras superfaturadas ou preços majorados pelo golpe do atraso das obras. Claro que o Rio não é esse caso.

O interessante do artigo é a argumentação realista de que os custos de uma Olimpíada não se pagam. Depois do evento, linhas de trem e metrô ficam subtilizadas. Estádios caríssimos são abandonados. Um idealista sugeriu que uma ilha da Grécia fosse selecionada para abrigar os Jogos permanentemente. A idéia é excelente, entretanto a sugestão não incluiu a maneira dos espertos enriquecerem com os orçamentos. Resultado: a Ilha das Olimpíadas foi esquecida.

A sina das Olimpíadas é forte e tem acontecido com regularidade de quatro em quatro anos. As cidades sofrem com obras por anos que antecedem os Jogos. Áreas de população pobres são remanejados sob o discurso da revitalização. Os empreendedores ligados ao projeto olímpico enriquecem. Por alguns dias a cidade sede assiste o brilho da competição. Depois, ela é esquecida, cai na rotina, e ficam as dívidas para serem pagas pelos anos a frente.

É claro que no Rio de Janeiro isso não vai acontecer.

Médicos Cubanos no Brasil, maneira estranha de tratar demanda

O governo tá precisando acertar em alguma coisa. Criar um programa para colocar médicos nas cidades onde eles são precisados era uma boa ação política e de gestão pública. O acerto do governo Dilma acaba aí. Surgiu o imbróglio da pouca aceitação dos profissionais nacionais. Analisemos. Se os médicos brasileiros não querem ir para os postos que lhe estão sendo oferecidos, um bom raciocínio a seguir é que o salário não compensa. Talvez fosse o caso de aumentar o salário. A lei da procura por bons salários, esta o governo não pode revogar. Eles a usaram para justificar aumento nos custos dos funcionários públicos. Quando foi o caso de arrumar emprego para os petistas, o governo criou um sem número de cargos comissionados para abrigá-los. Resolver a pouca receptividade do programa trazendo profissionais de fora é um precedente perigoso para tratar os trabalhadores brasileiros. Por exemplo, se precisarmos de gestores mais baratos no governo, podemos contratar chineses, a mão-de-obra por lá é barata?

Esse caso dos médicos fede um pouco mais. O comissariado do PT tem uma dívida psicanalítica com Cuba, a guardiã da fantasia comunista. Ajudar Fidel Castro faz parte do programa do partido de Lula e Dilma. Repassar meio bilhão de dólares aos conterrâneos comunistas ajudará bastante a combalida economia da ilha. O cheiro ruim fica mais forte quando se sabe que o salário vai para o governo. O trabalhador só recebe uma parte pequena do valor nominal que o Brasil paga. Os sábios dos governos brasileiro e cubano descobriram um modelo de troca que fere os direitos dos trabalhadores dos dois países. Dilma diz que o médico brasileiro vale pouco e se recusa a pagar o valor que pedem. Cuba acha que os médicos deles valem menos ainda. Como podem determinar salários a seu bel prazer, dão uma merreca para os médicos cucarachos e embolsam a diferença. Dilma e seus gestores devem morrer de inveja desse poder de estabelecer quanto vale um trabalhador. Mas eles chegam lá.

Eike não é mais um bilionário

Bloomberg informa que Eike Batista não está mais entre os zilionários do planeta. Depois de atingir 34,5 bilhões no ano passado, o ex-marido de Luma de Oliveira viu seu saldo líquido – resultado da diferença entre patrimônio e dívidas – cair para apenas 200 milhões de dólares. Me apiedo da situação difícil do patrício. O site de finanças informa que Eike deve 1,5 bilhões para um fundo de investimentos de Abu Dabi. Recomendo que ele tome cuidado com estes cobradores. Essa turma não é tão cordial como os otários brasileiros que compraram ações da OGX.

(de site da Bloomberg, cavado no Digg)

Manifestações Chapa Branca

As manifestações dessa 5a feira, 11 de julho de 2013, teve a cara do governo. Quem convocou? CUT, UNE, MST… Huum, isso tem cara dos prepostos do PT tentando tomar as rédeas dos movimentos de reivindicações que brotaram recentemente no país. Que se tenha cuidado. Há uma oportunidade única da população pedir providências efetivas para melhorar a gestão do país e o combate à corrupção. Se deixarmos as instituições apoiadas e mantidas pelo governo liderarem as manifestações vamos tão somente assegurar que tudo acabe em pizza. Atenção!