Saiu na Revista de O Globo: “A moça diz que finge o orgasmo para manter o namoro. O rapaz diz que finge o namoro para manter o orgasmo.”
Categoria: análise
Cientologia, um espetáculo!
“Writing for a penny a word is ridiculous. If a man really wants to make a million dollars, the best way would be to start his own religion.” – L. Ron Hubbard. L. Ron Hubbard was initially a science fiction and fantasy novel writer, but he’s best known for being the founder of The Church Of Scientology. One of the “holiest” days in the religion is actually Hubbard’s birthday. Since the likes of Tom Cruise & John Travolta has joined their ranks, more and more people are becoming aware of his pseudo church and religion. ( de sobadsogood.com)
As religiões me causam arrepios. Os adeptos de outras devem rir da Cientologia enquanto toleram todas as invenções impagáveis da sua própria religião. O roteiro da história da Cientologia foi feita de sacanagem. Hubbard inventou uma maluquice de deuses que viveram 65 milhões de anos e daí saiu com uma novela ridícula até chegar aos nossos dias. O enredo tem vulcões, bombas atômicas misturadas com mão pesada. Seguiu a regra a fundo: se é pra inventar bobagem, temos que radicalizar. O articulista de sobadsogood.com pergunta se esta é pior ou melhor que a versão de Adão e Eva. Sei lá! difícil avaliar.
E a moçada vai atrás. O novo templo da Cientologia nos EUA custou 145 milhões de dólares. É um palácio para glorificar a história de ficção científica que Hubbard criou para iniciar a religião. O autor comprovou mais uma vez que a humanidade não tem jeito. A vocação pra se agarrar em qualquer história ridícula que explique a vida é a característica mais marcante dessa espécie.
Minha religião vai começar assim: “Era uma vez umas criaturas das mais trouxas do Universo. Acreditavam em qualquer conto do vigário que lhe contassem…”
a busca do Google amplia nossa visão do mundo ou a torna mais estreita?
A pergunta parece idiota. Com a internet podemos acessar uma quantidade e diversidade absurdamente grande de informação. É fato. Mas alguns pensadores estão perguntando se é tão simples assim.
Veja bem. Os mecanismos de busca são nossos portões para navegar na internet. Esses mecanismos – leia-se googles da vida – têm o objetivo de ser o mais eficientes possível. Eles procuram adaptar suas pesquisas para responder adequadamente ao que você está procurando. Esta adaptação das buscas ao perfil do usuário faz com que pessoas diferentes colocando as mesmas palavras numa busca do Google obtenham respostas diferentes. Curioso né? A busca vai aprendendo com nossos hábitos e preferências e vai restringindo os resultados àquilo que cada um de nós espera encontrar. Essa adaptação da procura pode ser (e parece que é) usada para fins comerciais. Mas não entremos nessa seara agora. Consideremos que os resultados estejam sendo usados apenas para o bem. O raciocínio elegante que os estudiosos da internet estão trazendo se refere à redução do espaço das buscas que está “otimização” dos googles provoca. Conforme os mecanismos de busca vão se adaptando a nossos desejos, cria-se um universo delimitado para nossa vivência na rede. Ficamos limitados ao quintal que nós mesmos ensinamos ao mecanismo como restringir. Quanto mais reforçamos os muros do que queremos achar, mais fechada fica nossa vida na internet. Ideia interessante né?
e os americanos vão legalizando a maconha…
O Estado de Nova York deve ser o próximo a legalizar a marijuana. A senadora que apresentou a proposta de legalização e taxação de seu consumo comenta:
“The illegal marijuana economy is alive and well,” she said, “and our unjust laws are branding nonviolent New Yorkers, especially young adults, as criminals, creating a vicious cycle that ruins lives and needlessly wastes taxpayer dollars.”
( de Huffpost News)
Por que o pessoal da Barra dirige diferente
Quando estou na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, me impressionam os carrões, as SUVs, fazendo barbaridades no trânsito. Um artigo de publicação estrangeira diz que as pessoas tendem a trapacear, a violar regras, dependendo de condições em que se encontram. O estudo identificou que pessoas em carros maiores tendem a praticar mais faltas no trânsito:
When they sit in expansive car seats, which allow them to spread out, instead of constricting them as a tighter seat would, they become more likely to commit a traffic violation during a driving simulation and, in a real-world version, cars with more expansive drivers’ seats were more likely to be illegally double-parked.
Minha dúvida é se os carros (com seus bancos maiores) induzem as pessoas a cometerem transgressões no trânsito ou aqueles que têm personalidade “espaçosa” e não respeitam os direitos dos outros é que gostam de ter carros grandes. Fica a dúvida.
Snowden mostrou que o rei está nú
A grande ameaça que vazadores de informações como Manning e Snowden mostraram é mais sutil que um assalto direto à segurança nacional dos EUA: eles minam a habilidade de Washington de agir hipocritamente e sair impune.
The deeper threat that leakers such as Manning and Snowden pose is more subtle than a direct assault on U.S. national security: they undermine Washington’s ability to act hypocritically and get away with it. (foreignaffairs.com)
Foi ele quem disse: Leonard Mlodinow
… em entrevista a O Globo, 27.10.2013:
Pergunta:- Resumindo, a psicoterapia não serve para nada?
Resposta:- Não acredito que tenha muito uso. Não é que eu seja contra psicólogos. Acho que as pessoas devem ir a esses profissionais quando têm um problema, precisam de uma opinião, um conselho. Acho útil. Mas essa psicoterapia clássica, freudiana, que demanda um processo muito longo de autoconhecimento, acho que não tem função. Como a neurociência tem demonstrado, ninguém vai conseguir acessar o seu inconsciente olhando para si mesmo, pensando e falando. Não é assim que a mente opera.
Você pode sentir amor e desejo pela mesma pessoa?
Ester Perel discute o assunto em seu post, publicado pelo HuntPost. Ela começa apresentando instigantes questões. Passo essas inquietações a vocês:
– Por que o bom sexo sempre acaba, mesmo em casais que se amam tanto quanto antes?
– Por que a intimidade não garante um bom sexo?
– Podemos querer aquilo que já temos?
– Por que a transição para a paternidade/maternidade traz a queda do erotismo no casal?
– E por que o proibido é tão erótico?
– Quando você ama, como você se sente, e quando você deseja, como isso é diferente?
Boas perguntas!
A Praga das Olimpíadas
Assistimos todo dia este Brasil desordenado e continuamos a nos perguntar como vai ser a realização das Olimpíadas por aqui. Um artigo do site The Daily Beast (thedaiybeast.com) traz más notícias para quem acredita que o Rio vai ganhar com a realização dos jogos em nossa cidade. Os dados compilados por estudiosos do assunto mostram que não se comprova o famoso argumento de que os turistas vão correr para a cidade que realiza uma edição dos jogos olímpicos modernos. Os orçamentos estouram. Populações pobres são deslocadas. O evento ocorre. Alguns poucos ganham muito dinheiro e a cidade sede fica com as dívidas para administrar. Montreal foi o maior fracasso. Seu orçamento atingiu oito vezes o previsto. Outras cidades não chegaram a tanto. Mas os custos altos são a rotina nesses megaprojetos. Notem que não falam de corrupção, obras superfaturadas ou preços majorados pelo golpe do atraso das obras. Claro que o Rio não é esse caso.
O interessante do artigo é a argumentação realista de que os custos de uma Olimpíada não se pagam. Depois do evento, linhas de trem e metrô ficam subtilizadas. Estádios caríssimos são abandonados. Um idealista sugeriu que uma ilha da Grécia fosse selecionada para abrigar os Jogos permanentemente. A idéia é excelente, entretanto a sugestão não incluiu a maneira dos espertos enriquecerem com os orçamentos. Resultado: a Ilha das Olimpíadas foi esquecida.
A sina das Olimpíadas é forte e tem acontecido com regularidade de quatro em quatro anos. As cidades sofrem com obras por anos que antecedem os Jogos. Áreas de população pobres são remanejados sob o discurso da revitalização. Os empreendedores ligados ao projeto olímpico enriquecem. Por alguns dias a cidade sede assiste o brilho da competição. Depois, ela é esquecida, cai na rotina, e ficam as dívidas para serem pagas pelos anos a frente.
É claro que no Rio de Janeiro isso não vai acontecer.
Estamos vivendo mais e melhor
Artigo do site Pacific Standard apresenta interessante conclusão derivada da análise de gastos de saúde da população mais velha. Era de esperar que o povo, por estar vivendo mais, estivesse aumentando seus gastos de saúde conforme a idade avança. Os resultados surpreendentes mostram que os gastos estão se concentrando no último ano de vida. As pessoas parecem estar melhorando sua qualidade de vida e de saúde, só recorrendo fortemente à medicina e apoio médico quando uma situação mais grave acontece, isso ocorrendo mais perto do final da vida. O esperado aumento exponencial com gastos de saúde nos idosos não acontece.
O que a análise dos dados mostrou? Doenças como artrite e diabete aumentaram de incidência. Entretanto, o câncer se manteve estável com a idade. O estudo mostra que os idosos não estão precisando dedicar tanto tempo a mais para cuidar da saúde. Que bom!
Como encerra dizendo o artigo, os anos dourados (golden age) estão mais dourados e duradouros do que nunca.