respeito a religiões

O mundo tá pegando fogo com a revolta dos muçulmanos depois da divulgação de um filme tratando a religião muçulmana com desdém. Cometeram também o clássico e maior desrespeito com a imagem do profeta Maomé. A gente aqui em Polemikos não é muito chegado a essas coisas de religião. Respeitamos aqueles que adotam superstições, mas pedimos que respeitem também nossa descrença total por deuses em geral. Esse agito todo com o filmeco sobre Maomé parece está sendo usado para orquestrar movimentos de repúdio aos EUA. A população acaba por ser manipulada para produzir ações de rua contra os americanos. O país de Obama fica numa saia justa danada, justamente na época das eleições. Aproveito (quer dizer, plagio) a famosa frase citada hoje em coluna de O Globo, por Helena Celestino: “Os homens nunca fazem o mal tão completa e entusiasticamente como quando o fazem por convicção religiosa.” É isso aí: Quanto mais eu vejo o resultado do uso das religiões para perpetrar todo tipo de barbárie, mas me solidarizo com a profunda fé e percepção de deus que move meu cachorro.

concedemos Graças a nossos leitores

Está comprovado que ler Polemikos dá sorte, aumenta a capacidade de avaliar situações e tomar decisões e contribui sensivelmente para o incremento da potência sexual. Como tudo na vida, o que é bom tem seu preço. Oferecemos a oportunidade de nossos incautos leitores obterem mais vantagens. Estamos à disposição para auxiliá-los com nosso poder de espraiar riqueza, saúde e a tão buscada felicidade.

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os pilares de nossa democracia

Nossa democracia apoia-se em três pilares:

câmeras de segurança. Hoje em dia tem câmera por toda parte. Sorte dos cidadãos brasileiros. São elas que resolvem crimes no geral, de homicídios a pequenos furtos. Seu papel mais importante acontece quando são escondidas para filmar negociações de falcatruas. Os próprios membros das quadrilhas costumam gravar reuniões para garantir o futuro. Quando algo dá errado e algum demóstenes quer se fazer de bonzinho, surge uma bela gravação para entregar o meliante. É chantagem mesmo. Mas os brasileiros saem ganhando. O prefeito de Palmas, do PT, sintetizou a visão que os políticos têm das temidas câmeras declarando: “Tive o azar de ser filmado numa reunião com o bicheiro Cachoeira.” Azar o dele! Sorte nossa! Continue lendo “os pilares de nossa democracia”

Viva o Coríncha!

O Corinthians ganhou a Taça Libertadores. A imprensa está produzindo loucamente, ecoando o grande feito. Tá todo mundo em êxtase com a conquista. Como todos sabem, aqui no Polemikos somos do contra e, além de tudo, cariocas. Não vi tanta graça assim. Convenhamos: o jogo foi ruim. Tá bom que futebol está cada dia mais parecido com um Big Brother. O que vale menos ali é o esporte. Me incomoda a rapaziada, por considerar frescura assistir e comentar novelas, canalizar sua mediocridade para comentar as presepadas que os jogadores fazem. Cacete. É irritante ouvir conversas sobre o último porre que o jogador tal tomou, ou se foram presos na Lei Seca, se a esperta namorada do craque engravidou e pediu pensão milionária… É um tédio aturar essa conversa de banheiro masculino. Continue lendo “Viva o Coríncha!”

grande Anderson Silva

Trecho de matéria da revista da companhia de aviação Gol:

O professor da academia ameaçou-o algumas vezes e disse para ele parar de dar aulas por não ser faixa preta. Anderson, então, pensou em matá-lo. Chegou a pegar a arma e ir com um companheiro esperar o tal professor. Acabou se controlando e desistiu.

Grande garoto!

Ipanema e Leblon não precisam de estações do metrô

A afirmação do título é radical, mas faz sentido. Pra quê a estação? Se não houvesse o trânsito de carros vindos da Barra, a ida de carro para o Centro de manhã seria rápida enquanto apreciaríamos a magnífica paisagem de nosso litoral. Ipanema e Leblon estão saturados e não precisam fornecer mais opções de transporte para a população vir para estes bairros. Entulhar a região de gente desembocando de estações do metrô só piora a qualidade do bairro e o valor de morar ou ter comércio por ali.

O Rio deveria ter outras prioridades. O metrô carece de ter uma via alternativa à original, por exemplo, seguindo pela Mem de Sá em paralelo à Presidente Vargas. Esta nova linha deveria ter um prolongamento que atingisse a Barra, para permitir que o povo da Zona Oeste não precisasse vir de carro para o Centro. Aliás, este metrô iria desafogar o tráfego de carros em Ipanema e Leblon diminuindo a importância de construir as das estações que eu considero desnecessárias. Esta linha também aumentaria a capacidade de tráfego para atender os subúrbios do Rio, onde a população mais humilde tem necessidade de bom serviço de transporte.

Por que o governo do Estado não faz este belo raciocínio de investir em zonas mais carentes do que os bairros mais ricos do Rio? Huum? Me disseram que é porque já há um contrato com a construtora que fez a obra até Ipanema, assim, não é preciso licitar mais nada, basta mantê-la tocando as obras. Ah, entendi. Ao que parece, a discussão não passa pelo que poderia ser melhor para a população. Continue lendo “Ipanema e Leblon não precisam de estações do metrô”

Gestantes Precoces e Salários Menores para Negros e Mulheres

Esta foi a capa de O Globo de 13.05.12:

Este é um daqueles artigos que me assegurarão o direito, no futuro, de concorrer como candidato da extrema direita no Brasil, ou na França ou Grécia, onde estes caras já fazem sucesso. Não que o artigo seja preconceituoso. Mas o preconceito da ignorância atual é atacar qualquer coisa que aponte que os pobres são pobres por outros motivos além da culpa dos ricos.

A coluna da direita da capa do jornal trazia estatísticas desfavoráveis a negros e mulheres em relação a salários. Sem dúvida os negros atingem menores níveis nas carreiras e seus salários são menores. O grau de instrução conquistado pelos negros é menor, o que lhes dá menos oportunidades no mercado. Há o fator preconceito, mas acho este menos relevante que o puro e simples menor acesso à educação. Mas o que isso tem a ver com a bela menina grávida que aparece do lado esquerdo da foto? Continue lendo “Gestantes Precoces e Salários Menores para Negros e Mulheres”

Eh, ôô, vida de gado Povo marcado, ê Povo feliz

Tava voltando do trabalho na 6a feira. Carro com ar condicionado me isolando do Rio suarento de fim de expediente. O tempo fecha e a chuva torrencial cai lavando os camelôs e adjacentes nas calçadas. As mulheres incautas, que se meteram em calças brancas arrochadas para os avanços de 6a feira são molhadas pela chuva, deixando a roupa colada no corpo, criando efeitos possivelmente exóticos para alguns. O povo obediente, que não conseguiu convencer os patrões que a greve da polícia ia degenerar em violência por toda a cidade, este povo miúdo espera quieto o aguaceiro passar. Dentro do meu casulo móvel desloco-me para a Zona Sul pelo Aterro que ameaça encher, apesar de ser plano e junto da baía. Quando chega o Morro da Viúva, o sol aparece junto a estátua do Redentor. Sou agraciado com efeitos especiais, com direito a arco-íris. O chão vai secando. Quando adentro Copacabana, os habitantes locais não dão mostras de temerem a chuva diluviana que eu presenciara. A juventude em roupa de praia retorna para casa com o senso do dever cumprido nas reverências feitas ao deus Sol que se despede lá para os lados da Zona Oeste, digo, Barra da Tijuca. Me apiedo dos humildes trabalhadores umedecidos que abandonei no Centro. Como sofrem esses moços.

Dia seguinte: os jornais informam que o Cordão do Bola Preta levou cem mil pessoas a descer a Rio Branco em êxtase carnavalesco. Ê povo feliz!

sou contra o heliporto da Lagoa

Eu e muita gente. Certamente somos mais do que os bacanas que deixam seus carrões nos estacionamento da área de pouso e decolagem de helicópteros para irem para suas casas em Angra ou Búzios. Nada contra os bem ricos. Mas não gosto que uma parte da Lagoa Rodrigo de Freitas seja ocupada para que os endinheirados possam passar batidos pelos engarrafamentos. Me tira do sério ter que interromper minha caminhada na Lagoa para que o helicóptero do milionário possa aterrissar. Há outras mazelas da existência do heliponto por ali. O barulho do tráfego de fim de semana é alto e perturba os moradores da Lagoa. A canalização do tráfego gera risco para uma área urbana densamente povoada. Quando cair um helicóptero em cima de um prédio, os governantes dirão que foi uma tragédia, criarão uma comissão de inquérito, a imprensa fornecerá os números do intenso tráfego e, talvez, mude alguma coisa. Mas aí, irreparavelmente, já terá morrido alguém. Parafraseando outros movimentos: Desocupem a Lagoa. Por sinal, é heliponto ou heliporto, ou valem os dois?

e eu não conheço Michel Teró

Acreditem! Nunca ouvi o afamado hit ‘Ai se eu te pego’. Coitado! – diriam alguns. Sorte minha! – digo eu. Escapei dessa. O motivo da minha saudável ignorância pode ser não participar de festas do momento, em que a música deve ser tocada. É a concessão à mediocridade popular. Chego a consigo ler sobre o fenômeno musical (?). Mas perseverei em manter a condição de inviolabilidade de meus ouvidos a essas novidades da temporada. Talvez esteja perdendo o nascimento de uma estrela. Prefiro correr o risco. Como benefício, mantenho intocável minha fama de intratável. De todo jeito, desejo todo o sucesso ao rapaz.