Proteção de iPhone que não protege, quebra

Mensagem: uma capinha de celular muito rígida pode empenar a tela. 

A vida digital é difícil. Todo dia temos que aprender mudanças nos sistemas operacionais, nos novos smartphones, novos aplicativos, uma ciranda. Mas o que aconteceu comigo foi mais prosaico. A placa de vídro, na verdade, a placa transparente onde acionamos os comandos com toque empenou. A questão é por que e como?

Fiz uma viagem de carro, usei o iPhone para ouvir Apple Music conectando ao som do carro por uma USB. Algum pouco sol pegou no iPhone, que estava no portatreco do painel. O sol não teria sido suficiente para deformar a placa transparente do equipamento.

Resumindo a história. Acho que o iPhone esquentou ligado, tocando musicas e carregando na USB. O problema é que o protetor do meu celular (a capinha) é feito de material rígido que não aparenta deformar. Com o calor, a placa quis dilatar e foi contida pelo “case”. Tem todo o jeito de ter sido isso.

Chato ter que trocar de celular agora. O iPhone 5 ainda tava funcionando bem. Um novo iPhone 6 sai por uns três mil reais num plano da Vivo. Usuários de Apple têm custos caros.

Perdido em Marte, de Andy Weir

O livro “The martian”, do autor Andy Weir, ganhou o título de melhor livro de ficção científica de 2014 no site Goodreads. Eu gostei do livro. Li o ebook da Amazon: The Martian: A Novel. Virou filme, com direção de Ridley Scott e com Matt Demon no papel do azarado astronauta que é deixado em Marte pelos colegas da missão espacial ao planeta, aparentemente morto.

O resumo do início do livro dá o tom da história: “Six days ago, astronaut Mark Watney became one of the first people to walk on Mars. Now, he’s sure he’ll be the first person to die there.” O livro conta a história de sua luta pela sobrevivência. Os detalhes técnicos de sua jornada para se manter vivo são a graça da história. Sozinho, o astronauta Mark Watney se vira para obter os preciosos ar e comida. O livro tem uma proposta que se arrisca a ser monótona, mas a história tem muito bom ritmo. É impossível não se colocar no lugar do sujeito que persevera para viver. Leia o livro, veja o filme.

Poderia Dilma ser um novo Getúlio Vargas?

Parece senso comum que Dilma deveria sair de cena. Ela foi a jovem revoltada que queria derrubar a ditadura dos milicos pra instalar uma ditadura do proletariado (seja lá o que isso queira dizer) e acabou por chegar à presidência da república. Depois da lambança que Dilma praticou dando continuidade ao trabalho de Lula, o país foi ao fundo do poço. Podemos descer mais, mas Dilma foi eficiente em derrubar o Brasil. Um artigo de jornal hoje comenta sobre Getúlio, nosso único político que se suicidou.  Sua atitude conseguiu adiar o golpe que se consolidaria muitos anos depois com a Redentora. Será que o autor estava sugerindo que Dilma também saia da vida para entrar para história? Tomara que não. 

Não que eu não goste da ideia dela dar um tiro no peito. Sua atuação até hoje está de bom tamanho. Podia ser bom para o Brasil sua saída com pano rápido. Porém o tiro certo devia ser direcionado ao peito do Lula. Ficava bacana. O grande líder metalúrgico sai de cena antes que seu nome exploda na Lava-jato. Morto, ganha imunidade. Seria lembrado como o pai dos pobres. Não tentaria se reeleger como oposição e discurso de salvação da pátria, agudizando a tragédia brasileira.  

É um caminho. Nossa história merece um ato de coragem de Dilma. Sua mediocridade política e como gestora seria resgatada pela nobreza da eliminação do seu criador, que, aliás, tem demonstrado a vontade de dar sumiço na sua criatura defeituosa. 

Fica a sugestão. 

podíamos viver sem as superstições…

De entrevista de Richard Dawkins ao site livros Goodreads:

GR: Moving into the religion debate, do you think that the human race would be better—do you think that people would be more compassionate and more productive—if religion didn’t exist?

RD: Yes, is the short answer. There’s not a lot of that in the book (Brief Candle in the Dark: My Life in Science), is there? But I do think that the world would be a better place without religion.

Me too.

Eminente jurista x Bom velhinho

A política é repugnante. O pessoal do PT, em particular, cultiva a grosseria sem limites. Agora foi com o jurista Hélio Bicudo, com 93 anos, fundador do PT, que se desiludiu com a direção tomada pelo partido em busca de se perpetuar no poder e fazer fortuna para seus dirigentes. Bicudo entrou com pedido de impedimento contra Dilma. Não que tirar nossa incompetente presidente do seu cargo seja boa solução, mas que existem motivos para justificar o processo, isso existe.

Se fosse uma defesa de Bicudo do governo que claudica, o PT o trataria como “eminente jurista” ou “conceituado rábula”, como é uma voz contrária, tentam desvalorizar sua posição chamando-o de “bom velhinho”. Além do roubo que praticaram (ou praticam) no país, ainda temos que aturar os comentários deselegantes desses vira-bostas que se encastelaram no poder.  

como se não bastassem todos os problemas, temos as religiões

parafraseando, digo, copiando trecho de Arnaldo Jabour, O Globo, 25/08/2015:

“Como falar de democracia com muçulmanos analfabetos, que desde o século VIII batem a cabeça nas pedras para extirpar qualquer resquício de liberdade, repetindo mantras do “Corão”, enquanto, do outro lado, os monstros-caretas republicanos repetem mantras da Bíblia fundamentalista? O mundo atual é comandado pela estupidez, pela desinformação, mesmo informadíssimo pela internet.”

… e do lado de cá, igrejas evangélicas pregam a ignorância como virtude. Se esses são os ingênuos que herdarão a Terra, a coisa vai ficar feia por aqui.

Pagar advogado é melhor que depositar dinheiro na Suíça

E disse Levandowski, presidente do STF:

“… São, pois, ilegais quaisquer incursões investigativas sobre a origem de honorários advocatícios, quando, no exercício regular da profissão, houver efetiva prestação do serviço. ”

Não entendi. O Brasil é realmente complexo. Um sujeito rouba loucamente a Petrobras. Junta algumas dezenas de milhões de dólares da rapina que praticou. Se ele separar, digamos, dez milhões de reais para seu advogado, esta grana fica automaticamente lavada e se torna inviolável. Ninguém pode correr atrás dela. O advogado que embolsa a grana do ladrão da Petrobras ou de um traficante, tem seu bolso protegido pelo STF. A parte do dinheiro roubado que é canalizada para o advogado (quase um sócio intocável) não volta mais.  

É bonita nossa justiça. Os bandidos da corrupção têm direito aos melhores advogados, os mais caros, que estarão sempre disponíveis e interessados em defendê-los, sabendo que os honorários que eles esquentam não volta mais para quem foi roubado.   Continue lendo “Pagar advogado é melhor que depositar dinheiro na Suíça”

E nasce uma igreja…

É a vida. Difícil dádiva, que não sabemos quem ofertou. Boa parte dos nossos problemas começa nessa ignorância. De uma hora pra outra, uns macacos pelados resolveram ter consciência. E a coisa degringolou. Foi demais pro nosso caminhãozinho. Não sabemos responder aquelas perguntinhas básicas: O que somos? De onde viemos? Pra onde vamos?
Ao longo de nossa história recente (bota um dez mil anos nisso) alguns personagens fora de série idealizaram seres superiores, que teriam nos criado. Das propostas desses personagens especiais (Jesus Cristo é o mais renomado, pelo menos do lado ocidental do planeta), criaram-se um sem número de religiões. Religiões são a organização das superstições. Em alguns momentos as religiões foram úteis para pôr ordem no caos social da antiguidade. Alguns estados absolutos, onde o monarca se dizia divino e mandava e desmandava, foram expostos a um poder mais alto, um Deus. A nova ideia de que tinha um ser superior dando conta de olhar pela espécie humana foi bastante oportuna para colocar limites no poder de reis, imperadores e suas variantes. Dado o estado de barbárie que imperava na antiguidade, alguns preceitos como “amar o próximo” eram pura vanguarda revolucionária. 

As religiões não são mais tão úteis assim. Continue lendo “E nasce uma igreja…”

I am Pilgrim [Terry Hayes]

Eu recomendo. “I Am Pilgrim” (Eu Sou Peregrino) ainda só está disponível em inglês. É boa pedida para comprar no Kindle. É um thriller sobre aquele agente secreto atormentado que tenta se aposentar (mais um!), mas é envolvido numa missão cascuda. Se ele fracassar, pode ser o fim do mundo, ou algo perto disso. O livro é a estreia do roteirista Terry Hayes como autor de livro de história de ação. O autor tem currículo famoso, passando pelo roteiro do também thriller “O Troco”, que gerou bom filme com Mel Gibson. Hayes também é conhecido pelas primeiras edições da franquia Mad Max. O autor reconhece a forte influência do ritmo do cinema de ação em seu estilo.

O livro é bom. Continue lendo “I am Pilgrim [Terry Hayes]”

Investigações chegam a Lula

Se a polícia e as CPIs chegaram, eu não sei, mas a imprensa já chegou. Está vindo à tona as relações íntimas do ex-presidente com as empreiteiras que foram flagradas na Operação Lava-jato. Estas empresas se mostraram particularmente motivadas em pagar vultosas quantias para as palestras do nosso grande líder. Também foram super generosas com o Instituto Lula. É impressionante como o dinheiro era lavado. O dinheiro alimentou o ideal que restou aos petistas: “encher a burra de dinheiro”. 

Vai feder.