Resultado das Olimpíadas de Pequim: 1º lugar: Jamaica, 2º lugar: Austrália, 3º lugar: Nova Zelândia

Tem sentido dizer que a China, por ter ganhado mais medalhas na Olimpíada de Pequim, tem mais mérito que a pequena ilha Jamaica? Não é razoável! A Jamaica tem 2,8 milhões de habitantes. A China tem 1,3 bilhões! Afinal, qual é o país mais eficiente na Olimpíada? Continue lendo “Resultado das Olimpíadas de Pequim: 1º lugar: Jamaica, 2º lugar: Austrália, 3º lugar: Nova Zelândia”

Estão copiando Polemikos!

Esse negócio de blog na Internet é realmente uma bagunça em relação ao direito autoral. Afinal, é muito fácil pegar um texto ou uma foto de um site e colocarmos docemente em nosso blog. Fica bonitinho, não dá trabalho, parece que a gente gerou conteúdo. Não é ótimo? Estão fazendo isso direto com Polemikos. Continue lendo “Estão copiando Polemikos!”

Resumo de 2007

Falemos do ano de 2007 que, a essa altura, já é história. Aqui fica o registro para as gerações futuras. A foto à esquerda mostra o por do sol em Ipanema no dia 31 de dezembro de 2007. A luz do dia se foi em 2007 com a cerimônia adequada ao momento. Foi um belo ano. O sol esteve sempre presente no céu azul da cidade maravilhosa. Foram tantos dias ensolarados que, no final, temia-se que as florestas não agüentassem a seca. Alguns incêndios aconteceram. Depois, uma chuva intermitente nos visitou garantindo o verde dos morros. No Natal, choveu um pouco. O final do ano teve dias maravilhosos que o povo reverenciou aplaudindo o Deus Sol em sua entrada no mar. Bonito.

Outra coisa para ser lembrada foi o calendário. O ano de 2007 foi pródigo em feriados. Foi difícil engrenar no trabalho. As festas de fim de ano caíram em convenientes 3ª feiras fechando o ano com chave de ouro.

As preocupações com o clima foram a novidade nas conversas e na mídia. O problema da ecologia ganhou as mesas dos bares. O Brasil continua mal na foto. A floresta amazônica queima largada. Não temos vontade nem competência para cuidar dela. Uma guiana lá em cima reconheceu que não tem como cuidar e ofereceu suas florestas para a Inglaterra administrar. Será que era o caso do Brasil também pedir socorro internacional para cuidar da nossa floresta? A China continua crescendo alucinada e poluindo outro tanto. Talvez seja a poluição que vai conter seu crescimento.

A economia brasileira surfou nas boas ondas internacionais. As previsões eram crescimento de 3,5%, crescemos 5%. A Bolsa cresceu 78%. O petróleo bateu US$100 no primeiro dia de 2008. Dizem que pode chegar US$150. E a Petrobras achou muito petróleo em Santos. Nesta área, o Brasil está bem. Convenhamos: Lula é um cagão! O cara tem muita sorte. Quando ele precisa administrar, dá merda. Haja vista a zona que reinou no espaço aéreo brasileiro. Mas o presidente Lula, o homem do “nunca se viu” ou “estou convencido”, se aproveitou dos bons resultados, distribuiu bolsa família a valer e ficou com 60% de aprovação. Lula ganhou o ano.

A política brasileira foi ditada pelo sem ética Renan Calheiros. Depois que todo mundo ficou sabendo que ele comia a Mônica Veloso e o dinheiro da pensão era pago por lobista de empreiteira, Renan entrou numa espiral de sacanagens que conseguiu sujar o nome pouco limpo de nosso Senado. O cara ridicularizou a política brasileira. Negociou da maneira mais baixa, mostrando que seus interlocutores topam o estilo. Vendeu caro sua saída da presidência do Senado. Ninguém foi preso.

No Rio, Cesar Maia caiu em depressão por ver suas pretensões presidenciais irem para o ralo. Ninguém gosta dele. É o contrário do que o Rio merece como prefeito. É nossa sina. Deprimido, largou a administração da cidade e ficou escrevendo bobagem em seu blog. Como não tinha o que fazer, tentou ser consultor político em eleições na Guatemala. A informação é imprecisa, mais o sentido da babaquice do Cesar Maia é exato.

No esporte, o Brasil mostrou que no vôlei tem organização, técnica e material humano. Arrebentou nos campeonatos internacionais. Mas é o futebol que melhor representa nosso país: tem roubo, grandes transações, politicagem, cartolagem, ídolos… Futebol é uma tragédia rodrigueana. Continuamos tendo os atletas, o Cacá, por exemplo, e os bad boys, como os Adrianos. Romário continuou com sua eterna saída. Conseguiu um feito: foi técnico e jogador num mesmo jogo. Ainda bem que não jogou bem, se fizesse, virava santo padroeiro.

O Rio evidenciou que o tráfico está se tornando a grande força na cidade. O filme Tropa de Elite foi a ficção retratando a realidade tétrica de nossa instituição policial. A distribuição do filme por camelôs que faturaram milhões com a venda de DVDs mostrou que a informalidade é a tônica em nossa economia. Talvez tenha sido um bem sucedido golpe de marketing. O crime está assustando a todos. O assalto a Paulinho de Viola, no penúltimo dia do ano foi emblemático. No mesmo dia, atriz da Globo, escapou porque seu Pajero era blindado. Comprar carro blindado é decisão tão simples como comprar carro com freio ABS. Quem tem dinheiro compra.

Em tempo: Feliz 2008

É oportuno discutir o aborto


Percival Puggina coloca bons argumentos contra a simplificação do debate sobre o aborto

Percival Puggina já foi colaborador de Polemikos. Não é mais. Não precisa. Ele tem seu canal de divulgação através de seu site. Puggina escreveu
bom artigo sobre o aborto (ver
artigo
)
. Ele expõe a falta de argumentos razoáveis para a liberação do aborto. Foi bastante feliz em sua argumentação. Puggina aponta que aqueles que são favoráveis ao aborto apenas alinham motivos para cometer o crime. Os motivos ou atenuantes podem ser nobres, mas não retiram a característica criminosa do ato. Por outro lado, recentemente, aqui em Polemikos, Tirésias da Silva defendeu a legalização do aborto (ver artigo). A discussão é necessária.

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Como ganhar dinheiro com o segredo de “O Segredo”, de Rhonda Byrne

As propostas do artigo abaixo foram desenvolvidas no instigante livro A Receita – Como enganar muitos e sorrir que está disponível na Amazon.  Compre o e-book e se prepare para conseguir sucesso e fortuna (a qualquer custo).

O Segredo começa com uma citação que é o resumo do conteúdo da obra: “O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora.” – Tábua das Esmeraldas, cerca de 3.000 a.C.

Entendeu? Provavelmente não. Vou ajudar. Vou lhe contar como se faz. As próximas palavras que você lerá poderão mudar sua vida. Elas lhe mostrarão como alcançar fama e fortuna escrevendo livros como o de Rhonda Byrne. Segundo a autora, O Segredo é antigo e valioso. Diz ela: “Altamente cobiçado, ele foi transmitido ao longo dos tempos, ocultado, perdido, roubado e comprado por grandes somas de dinheiro.” Parece roteiro do filme Código Da Vince. Pois é mais ou menos por aí. O grande segredo é saber como escrever obras de qualidade duvidosa que tenham apelo popular e faturem milhões. Neste ramo, o livro O Segredo é exemplar. Já vendeu cerca de 10 milhões de cópias e gerou uma coleção de outros livros que pretendem tirar uma casquinha do sucesso do original. A autora Rhonda Byrne nos apresenta um modelo para se conseguir tudo que se deseja. Pelo menos, no que se refere aos desejos dela, o objetivo foi atingido. Ela e seus editores devem estar zilionários. Seja para ganhar dinheiro, curas milagrosas, sucesso profissional ou no amor, para tudo serve o dito Segredo. A apresentação do livro traz a boa nova: “Agora O Segredo está sendo revelado ao mundo.” Pois vou fazer o mesmo. Trarei a você “A Receita”, as regras mães de todos os livros de autoajuda. Vou lhe ensinar a ganhar dinheiro e usufruir de todas as maravilhas da vida. Você lerá a seguir um resumo do livro. Prepare-se, você será apresentado nas próximas linhas à definição de um projeto que pode levá-lo a fortuna. Se você for diligente, poderá conseguir até a vida eterna. Só depende de você. Pessoas espertas, como é o caso do bruxo Paulo Coelho, amealharam dinheiro e fama através do emprego da fórmula que vos passo a seguir. Enfim, A Receita se revela! Apresento aqui apenas o material básico. É claro que guardo alguns pulos-do-gato para vocês tomarem conhecimento quando comprarem e lerem A Receita. Passemos às regras de ouro:

– Regra I. Invente algo cuja eficiência não possa ser comprovada.

Isto é fundamental. Se sua ideia for realista, você está frito. Se for algo palpável, mensurável, não dá certo. Os ingênuos não acharão graça e os racionais vão cobrar os resultados. Você pode acabar na Justiça, respondendo a inúmeros processos contra propaganda enganosa. Fale sobre causas (seu método) e consequências (os resultados desejados pelos leitores), mas tome o cuidado de definir tudo de modo que uma coisa não tenha relação com a outra. Crie procedimentos que eventualmente combinam com os resultados desejados. O importante é que uma coisa possa levar à outra. Ou não! Resumindo, não há relação de causa e efeito entre o que você recomenda e o que acontece, mas você deve falar o tempo todo sobre esta vinculação. Por exemplo: se você oferecer a cura de uma doença, escolha alguma daquelas que eventualmente se curam sozinhas. Assim, você sempre terá a seu favor aquelas pessoas que se curaram e que jurarão que foi você o responsável. A homeopatia é mais ou menos assim e faz o maior sucesso. Se o sujeito se cura, é um milagre, se morre, dizem que era seu destino.

– Regra II. Dê exemplos de sucesso do seu método.

Isso! O povo adora generalizar um caso de sucesso. Como diz o meu ditado: “Para um bom ingênuo, um caso de sucesso vale mais que cem fracassos.” Relate casos de curas médicas extraordinárias. É claro que não precisa ser verdade. Pode inventar. Conte de gente que ficou milionário com suas dicas. Não precisa exagerar e contar que um moto boy, depois que leu seu livro, teve um caso com a Gisele Bündchen. Vá mais devagar. Por que não dizer que VOCÊ teve um caso com ela? Se o objetivo do método for fazer fortuna, descreva como pessoas ficaram milionárias com ele. Diga que Bill Gates foi um de seus seguidores. Claro que a relação dele com você é secreta e, portanto ninguém sabia disso antes de você decidir contar ao mundo.

– Regra III. Cite sábios e cientistas que utilizaram suas recomendações.

Cite personagens antigos brilhantes (Galileu e Einstein são boas pedidas). Isso contribui para dar uma aura de científico à sua proposta, por mais estapafúrdia que ela seja. Esta respeitabilidade falso-científica é cultuada pelo leigo. Gente com títulos pomposos agradam bastante. Em O Segredo, a autora começa citando o renomado “Dr. Joe Vitale, Doutor em Ciência Metafísica”. Seja lá o que isso for, temos que concordar: essa Rhonda Byrne é genial!

– Regra IV. Não fique só na conversa, proponha um método.

Em determinado momento de sua obra, proponha um método bem rigoroso para seus seguidores. Veja o exemplo do método Dentifrício do Dr. Snow. Ele professava que a pessoa deveria escovar os dentes todos os dias, após o café da manhã, e, neste momento, olhando firme para a sua imagem no espelho do banheiro, estabelecer um objetivo de crescimento pessoal, sentimental ou profissional para atingir naquele dia. Notem que o exemplo é meio idiota. Não poderia ser de outra forma, pois inventei agora mesmo. Mas ele serve para mostrar a necessidade de você propor alguma coisa. Não pode ficar enrolando o crédulo leitor sem oferecer nenhuma proposta para ele. Proponha um modelo de ações que o leitor deverá fazer que o leve a ter sucesso no amor, no dinheiro etc.. Cuide para que haja alguma ambiguidade nas regras para seu seguidor poder explicar mais tarde seus fracassos. Ele ficará convencido que não teve sucesso por não ter cumprido as regras da maneira certa. O bom dessa abordagem é você se proteger de cobranças futuras quanto aos resultados. Se o pobre coitado não consegue criar uma nova Microsoft, concluirá que não foi bem sucedido porque não se esforçou, não acreditou o suficiente ou não seguiu corretamente suas estranhas regras.

– Regra V. Apele para o místico.

O místico não tem mesmo explicação. Nada é tão alucinado como Florais de Bach ou emanações de Reiki, mas a rapaziada acredita. Use o misticismo sem cerimônias. Como é impossível de explicar, suas explanações parecerão complexas e darão brilho e sofisticação a seu método. Acrescentar algumas práticas indianas pegam muito bem. Quanto mais distante geograficamente ou no tempo for a civilização citada, mais o povo se exalta com suas sábias palavras. Diga, por exemplo, que os originais do seu método foram encontrados em pergaminhos escritos em aramaico antigo, num deserto entre os rios Tigre e Eufrates. Pode abusar na dosagem sem se ruborizar. Você verá como sempre surgirão crentes para sua conversa.

Há uma variante dessa regra: “combinar as regras IV e V”, ou seja, misturar o pseudocientífico e o místico. O artifício mais comum é usar a física quântica. Faça declarações peremptórias sobre a teoria quântica, incluindo que ela seja o elo entre o místico e o científico. Com essa conversa você mostrará que o místico funciona e que a ciência séria não pode explicar tudo. É eficiente. A teoria quântica é excelente material. Ninguém entende direito e seu charme é irresistível.

– Regra VI. A embalagem. Atenção total para a forma.

Seu livro deve ser de capa dura. A razão é simples: todo mundo acha que um livro de capa dura é mais sério que uma brochura. E não se esqueça de escrever pouco. Seus leitores não querem literatura, querem ficar ricos e famosos. Recomende a seu editor usar títulos com letras grandes, que o texto seja em letras avantajadas e que haja boa distância entre os parágrafos. Fotos que preencham páginas inteiras também são úteis para aumentar o volume do seu livro, compensando o minguado texto.

Dependendo do seu projeto, nesses nossos tempos modernos, é recomendado combinar várias mídias. Lance logo um DVD, que é muito bom para atender ao público mais sincero, que não quer ler nada mesmo e prefere um filme. Vídeos postados no YouTube podem ser úteis. Há que tomar cuidado, pois a vanguarda tecnológica não é bem vista para lançar “segredos” antigos que podem mudar sua vida. Ou seja, o bom e velho livro de papel ainda tem a pompa adequada para lançar um best seller de autoajuda. Eu vou fazer assim com A Receita. Rhonda fez no início com O Segredo.

– Regra VII. Não seja modesto em suas promessas.

Não se limite a dizer que o sujeito vai ganhar R$10 mil com as práticas que você recomenda. Diga logo que ele vai “bombar” e ganhar um milhão! Por outro lado, mesmo que venha a ter que responder a um processo por curandeirismo, não diga que vai curar o resfriado do leitor, diga que suas recomendações vão impedir que ele tenha qualquer doença ou vão curá-lo de um câncer terminal. A autora de O Segredo é muito ousada no uso dessa regra. São suas palavras: “Você sabe que as crenças sobre envelhecimento estão apenas em nossas mentes. A ciência explica que temos um corpo inteiramente novo em pouco tempo. Envelhecimento é pensamento limitado…” Não entendi bem o ponto de vista da esperta Rhonda Byrne, penso que ela tenha delirado um pouco nesse trecho do livro. Mas, em vista do sucesso que alcançou, ela é a prova viva (e rica) de que ousar na regra das promessas dá bom retorno.

– Regra VIII. O “efeito placebo” ou “aplacador de consciências”.

Talvez haja algo de bom nos livros de autoajuda. Use sua conversa sem sentido para fazer o bem. Desenvolva um projeto que leve as pessoas a se esforçarem em conseguir as coisas. Se seu esquema não cura nem leva o sujeito a ter qualquer tipo de sucesso, pelo menos não o mate nem conduza o infeliz a falência. Direcione para que as pessoas que caírem em sua história se concentrem em buscar o sucesso, isso pode lhes fazer bem. Se suas propostas lhes derem o foco nos problemas, será um fator indireto que pode resultar em algo de bom. Você será um fator motivacional para os leitores. A fé que você pode embutir num discípulo de sua seita de autoajuda pode levar o sujeito a trabalhar duro e vencer na vida. Também pode movê-lo a se sentir melhor mesmo estando para morrer. Pode retirá-lo de um estado de depressão que seria ruim para sua saúde. No mínimo ele poderá morrer mais feliz. É o efeito placebo, você não deu nada para o sujeito, mas, mesmo assim, ele melhora. Percebeu? Você será quase um santo! Magnífico. Você pode ficar rico e famoso e ainda dormir tranquilo por ajudar aos outros.

– Regra IX. Seja fiel àquele que lhe conduziu à fortuna. Quem? Sou eu!

Depois de ficar milionário colocando em prática minhas sugestões, não se esqueça de me escrever (por favor, use o link de comentário mais abaixo) pedindo o número da conta. Faça um depósito polpudo em retribuição aos serviços que prestei ao lhe dar esta grande ideia. Agradeço desde já.

Em tempo, o livro O Segredo é um caso de sucesso da utilização das valiosas regras que passamos a vocês aí atrás. Rhonda Byrne foi uma de nossas mais aplicadas discípulas. Ela pecou apenas por não utilizar a Regra IX. A ingrata não nos repassou nem um dólar sequer. E para terminar citamos uma pérola dos ensinamentos de Mrs. Byrne: “A única razão pela qual uma pessoa não tem dinheiro suficiente é estar impedindo com seus pensamentos que o dinheiro chegue até ela.” Pois é, deixe de ser incompetente, pare de pensar negativo, compre meu livro, use nossas regras, fique rico e deposite dinheiro na minha conta. Aguardem meu futuro sucesso de vendas: o livro A Receita.
(Ernesto Friedman)

Tropa de Elite, de José Padilha

retrato da elite da tropa. quem é polícia? quem é bandido?

Meninos, eu vi! O filme foi copiado para a rede. Tropa de Elite é show! Os envolvidos já foram presos. Devem ficar na cadeia. Pausa. Renan Calheiros, entretanto, não deve ir para trás das grades. Fecha pausa. Depois que a cópia caiu na rede, o povo passou a “baixar” o filme e o mercado paralelo virou festa. Continue lendo “Tropa de Elite, de José Padilha”